sábado, 28 de dezembro de 2013

Feliz Ano Novo



O arco da governação
É um sistema plural
Alterna com a oposição
Mas só muda o visual

Se quiser viver em paz
E não cair na valeta
Atenção ao que se faz
Não à mensagem da treta

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Festas Felizes


A todos os meus leitores
Desejo um Feliz Natal
Esperança em dias melhores
Após este Carnaval

Para sair do lamaçal
Urge haver uma mudança
Que restaure em Portugal
O princípio da confiança

domingo, 15 de dezembro de 2013

Multibanco/ATM



I
O objectivo do banqueiro
É o lucro; sua divisa
Somente empresta dinheiro
A quem prove que não precisa

II
Reduziu o pessoal
Quando a ATM chegou
Aumentou o capital
O banqueiro prosperou

III
Utilizadores do multibanco
Para ele a trabalhar
O banqueiro é um espanto!
Ainda os quer taxar

IV
Para além do enunciado
Aqui deixo outro registo
O multibanco sendo usado
Dificulta a fuga ao fisco


domingo, 8 de dezembro de 2013

«Take away» em Portimão



I
O Álvaro e "A Cozinha"
Tem serviço competente
Está pronto em toda a linha
Para agradar ao cliente

II
De férias em Portimão
Ou se não quiser cozinhar
Aqui fica a sugestão
Para o almoço e o jantar

III
Tem comida variada
Com sabores especiais
Uma lista recheada
De bons pratos regionais

IV
Para uma boa refeição
E despesa moderada
Se estiver em Portimão
"A Cozinha" é a indicada

domingo, 1 de dezembro de 2013

O burro mirandês



I
Jornalista americano
Em Miranda ouviu um zurro
E afirmou sem engano
"Hoje não é fácil ser burro"

II
Numa época não distante
Muito o burro trabalhou
Chegam máquinas, e num instante
O burro se reformou

III
Agora já em extinção
Sem actividade agrária
Passou tudo para a mão
Doutra espécie de alimária

IV
O burro e o agricultor
Páram e dizem adeus
Vegetam com o favor
Lá dos fundos europeus


Viana do Castelo



I
Em Viana do Castelo
Foi instaurada a pobreza
Minada pelo flagelo
É a Detroit portuguesa

II
Peritos nas negociatas
Destroem o estaleiro
Põem o pessoal de gatas
Sem emprego e sem dinheiro

III
Os operários e Viana
Vão ter um triste Natal
Desejam a Aguiar Branco
Como a sua, festa igual

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Manif das polícias



I
Uma função policial
É o controlo do malfeitor
Seu aliado natural
O povo trabalhador

II
Palradores da televisão
Sequiosos, entusiasmados
Em explorar nova versão
Dos secos e dos molhados

III
Foi uma resposta cabal
Aos mentores da divisão
Passaram a ideia geral
De unidade e coesão

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Entroncamento


I
Capital ferroviária
Com frutos e vegetais
De tamanhos e forma vária
Invulgares, descomunais

II
A situação do país
Agrava-se a cada momento
Só fenómeno de raíz
Nos livra do entroikamento


A CP e os descontos


I
Um Secretário de Estado
Faz agora um brilharete
Diz querer dar por acabado
O social meio bilhete

II
Assim crianças e idosos
Pagarão bilhete inteiro
Por massa são uns gulosos
A defraudar o parceiro

III
Por outro lado a CP
Em princípio já suspeita
Que a medida não prevê
O aumento da receita

IV
Desta vez ao chico-esperto
O idoso não dá vantagem
Muda e dá o passo certo
Do comboio prá camionagem

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Rumo ao Brasil


I
Para chegar ao play-off
Houve trabalho e querer
O coração bate e sofre
Com vontade de vencer

II
Contra a Suécia na Luz
Só ganhámos à tangente
Vamos ver se não reduz
A vantagem, e segue enfrente

III
Em Estocolmo um team forte
Com jogadas de encantos mil
Carimbámos o passaporte
Para o Mundial do Brasil

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Tempestades e efeitos


Filipinas
Muitas zonas arrasadas
Quer no campo e na cidade
Não há registo de rajadas
Com tão alta velocidade

Países árabes
Os ventos da revolução
Dos árabes, ninguém os quer
Tiraram na confusão
Mais direitos à mulher

Portugal
No país há vento brando
E a brisa aprazível
Mas as rajadas do "bando"
Arrasam o nosso nível 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os multimilionários portugueses e a crise


I
Portugal é um paraíso
Que tem tudo o que merece
Talvez por pouco juízo
O inesperado acontece
II
Contra a norma democrática
De apoiar quem precise
Está em vigor a prática
De encher os bolsos com a crise
III
Dos efeitos secundários
Que a crise trouxe primeiro
Foi o aumento dos milionários
Cada vez com mais dinheiro
IV
O povo, quase indigente
Milionários, por sua vez
Têm o equivalente
A meio PIB português



sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A Nazaré e muito mais


I
Na hidráulica submarina
Relevo é determinante
Vento, correntes e mina
Explodem a onda gigante
II
As ondas da Nazaré
No seu máximo expoente
São de tirar o boné
Ao surfista exigente
III
McNamara surfou a onda
Alterosa, agigantada
E a Nazaré sai da sombra
Pelo mundo admirada
IV
Muita coisa boa existe
Em terra e também no mar
Mas por cá a vida é triste
Ninguém as sabe explorar
V
Portugal é uma beleza
Tem tudo para ser feliz
Em dádivas da natureza
Não tem rival o país

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Austeridade e aprendizagem


I
Em qualquer aprendizagem
Diz a lei da primazia
Fazer correcta abordagem
É um selo de garantia
II
Governar bisando asneiras
Só gera calamidade
Procedem desta maneira
No que toca à austeridade
III
Ir fazendo sem saber
Só retarda a solução
Errar e não perceber
Resulta em destruição
IV
Governar desta maneira
Por incultos mal instruídos
Faz lembrar a bandalheira
De países sub-desenvolvidos

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Prevenção atempada dos incêndios



I
Incêndios florestais
Extintos no fim do Verão
Os responsáveis legais
Devem tirar a lição

II
É a altura de organizar
Sistemas inteligentes
Prevenção exemplar
E os meios eficientes

III
Para o ano certamente
Terá mais fogos a Assunção
Mas o alvo no presente
É o conforto de gato e cão

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Democracia precisa-se


I
Cortes, impostos, extorsão
É obra do Executivo
É urgente a demissão
Deste núcleo destrutivo

II
Passos podre de maduro
Não se vai aguentar
Garantido por Seguro
(E um seguro cautelar)

III
O Tozé é uma lebre
Lançada logo à partida
É natural que quebre
Antes do fim da corrida

IV
É urgente um líder novo
Justiça a sua bandeira
E sem fustigar o povo
Feche portas à coelheira

O tempo na Europa



I
Calamidades naturais
Assolam o continente
Inundações, temporais
Vento forte, contundente

II
Países organizados
Limitam danos sofridos
Dando apoio aos sinistrados
Suavizando os bens perdidos

III
Por cá não há confusão
O bom tempo é habitual
O que arrasa o cidadão
É o ciclone orçamental

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Quadras soltas


I
O imposto audiovisual
Foi uma estúpida medida
Este orçamento fatal
Mimoseia-o com o IVA

II
Sobre o actual Presidente
Soares deixou um recado
Logo que nos saia da frente
Deveria ser julgado

III
Executivo em estertores
Só lhe resta pedir esmola
Não fala grosso aos credores
Muito menos com Angola

IV
Um Governo fora da lei
Portugal desmoronou
Até mesmo o Cristo-Rei
Não resistiu, emigrou!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Poupanças no essencial


I
Morre um cônjuge, solidão
O que fica não se safa
Vê reduzida a pensão 
Até o morto não escapa
II
Inválidos e deficientes
São um peso para o Estado
Medidas convenientes:
Só o corte adequado
III
Alunos carenciados
De apoio especial
São fardos muito pesados
Para a assistência social
IV
O Governo é um passador
Cada vez com mais buracos
Lembra um neo-ditador
Que só esmaga os mais fracos

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Machetadas continuam


I
O Governo faz escola
Com mais outro brilharete
As declarações em Angola
Do Ministro Rui Machete
II
Um verdadeiro portento
Com atitude solene
Brilhante no Parlamento
Sobre a acção no BPN
III
Sua conversa fiada
Com laivos de cretinice
Um perito na argolada
Exímio na aldrabice
IV
Grosseiro erro do staff
Logo a cúpula é decisiva
Trata-o como simples gaffe
Estúpida, mas não lesiva

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Não acontece nada


I
Após o acto eleitoral
Surge a grande informação
Que acabou em Portugal
A praga da recessão
II
Chega ainda a boa nova
Que o cidadão não rebate
Afirmam sem qualquer prova
Que não há novo resgate
III
Notícias veiculadas
Não por pasquins aberrantes
Mas pessoas instaladas
Em posições relevantes
IV
Tiveram grande derrota
Mas não acontece nada
Ainda há muito idiota
Que vota nesta cambada
V
Estão-se nas tintas p'ró povo
Não alteram sua rota
Procuram um mundo novo
Onde impera a batota

domingo, 29 de setembro de 2013

E agora, Primeiros Ministros?


I
Primeiro Ministro e o Vice
Tratam o país tão mal
Fizeram tanta merdice
Tirada a prova real
II
Desta vez mais eleitores
Conscientes, sem desnortes
Disseram não aos mentores
Dos famigerados cortes
III
Se tivessem algum decoro
Saíam na hora exacta
Pois é uma regra de ouro
Do verdadeiro democrata
IV
Se não sai de imediato
O festival continua
E só no fim do mandato
Caem de podres, vão para a rua
V
Governo de emprobrecer
Jamais ganha uma eleição
Pois as rédeas do poder
Tem-nas o povo na mão


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Oportunidade a não perder


I
Há muito somos sugados
Já a cair na valeta
São milhões os espoliados
E os VIPs a mamar na teta

II
O FMI sobre Portugal
Já chegou à conclusão
Que austeridade brutal
Provoca a destruição

III
Existe prova evidente
Sobre o atraso de vida
Quem votar nesta gente
Comete acto suicida

Autárquicas prometedoras



I
Responsáveis pelas eleições
Fizeram tal salgalhada
Que rádios e televisões
À campanha dizem nada

II
Candidatos já são tantos
Independentes em acção
Votos nulos e votos brancos
Quem ganha é a abstenção

III
Os partidos do comando
Já bastante chamuscados
"Cozem-nos" em lume brando
Saímos sempre escaldados

IV
As promessas eleitorais
São romances de cordel 
Em situações anormais
Até comem o papel

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Os juros e os tubarões


I
O Governo é financiado
Por agiotas especiais
Com um juro descarado
Que nos emprobrece mais
II
Cumpre regras obscenas
Não discute condições
Actua como um mecenas
De vorazes tubarões
III
O Zé está feito em cavacos
Esvaído com tantos cortes
Governo que esmaga os fracos
E está de cócoras para os fortes
IV
O país muito atrasado
Nas mãos do actual grupelho
Segue directo ao passado
Sob os passos do coelho

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Autárquicas e dinossauros


I
Começou e já promete
A campanha eleitoral
Muita câmara oferece
O barrete municipal
II
As eleições são um marco
Contra a má governação
Para sanear este charco
Em plena degradação
III
O tal arco do poder
Agora um circo infernal
Joga os trunfos que quiser
Para manter o pantanal
IV
Oferecem cheques e favores
Os dinossauros resistentes
Velhos hábeis predadores
Não largam a presa dos dentes
V
O eleitor é quem ordena
Dinossauros, vão-se embora!
Saiam depressa de cena
Que a extinção começa agora

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O melhor peixe do mundo


I
No Algarve o mar oferece
Variedade de peixes mil
Se lhe apetecer comece
Com arroz de tamboril
II
Há pratos regionais
A que estamos habituados
Comer e chorar por mais
Bons carapaus alimados
III
Ao almoço depois da praia
Sabe bem a caldeirada
Pode ser que também saia
A fresca sardinha assada
IV
Bifes de atum ou espadarte
Robalo ou talvez marisco
Preparado com muita arte
P'ra sair um bom petisco
V
Comi nos cinco continentes
Peixe de superfície e fundo
No nosso Algarve, excelente!
Há o melhor peixe do mundo

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Os crónicos fogos florestais


I
Muitos fogos no arvoredo
São de origem criminosa
Actuar forte e sem medo
Contra a praga mafiosa
II
O equipamento contra incêndios
Tem um preço elevado
Aéreos, carros..., que dispêndio!
Estão na mira dos mercados
III
Há guarda-costas a mais
P'ra certos politiqueiros
Criem guardas florestais
P'ra defesa dos pinheiros
IV
Apostar na prevenção
Desmatando a floresta
Sistemas de detecção
É a solução que resta

sábado, 24 de agosto de 2013

Festival do perceve, Algarve

[Perceves, pollicipes pollicipes]

I
O festival do perceve
É de raiz popular
No qual se come e bebe
Marisco que sabe a mar

II
Para ser concretizado
Sofrem alguns amargores
Em seu trabalho arriscado
Os hábeis mariscadores

III
Quando em rochas escarpadas
Não podem falhar os pés 
Em descidas complicadas
De acordo com as marés

IV
São sacados dos rochedos
Num labor de alto risco
Cozinhados sem segredos
Comem-se em Vila do Bispo

Rumo ao passado


I
O abandono do país
Por jovens licenciados
É um recurso infeliz
Torna-nos mais atrasados
II
P'ra quem fica, a solução
É no turismo investir
Andar de bandeja na mão
E os estrangeiros servir
III
O regresso à agricultura
Sem meios sofisticados
Bois, enxadas, vida dura
Como em tempos recuados
IV
Na aldeia ou na cidade
Gestos antigos e nobres
A piedosa caridade
E a velha sopa dos pobres
V
Nosso recuo global
Que muito poucos comove
Trará a Europa central
P'ra ver o século dezanove
VI
E gostarão com certeza
De reviver entre nós
O passado e a rudeza
Da vida dos seus avós

domingo, 18 de agosto de 2013

Ecos do Pontal


I
A rentrée do PSD
Foi este ano a céu aberto
Monótona para quem a lê
Pior segui-la de perto
II
Presentes altas figuras
E a Ministra das Finanças 
Que se guindou às alturas
E é nova nestas andanças
III
Eufórico o Primeiro Ministro
Com o PIB a subir
Mas o futuro é sinistro
Se a economia cair
IV
Matemática, ciência exacta
Não descalça esta bota
Inútil ter muita lata
Impossível a batota

Portugal-Holanda
No Algarve uns dias antes
A um encontro a feijões
Foram trinta mil pagantes
Ques esgotaram os cadeirões


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Do Algarve a Lisboa e volta


I
Há muito tempo não fazia
Viagem ao Sul agradável
De comboio na nova via
Transporte recomendável
II
Não há filas nem portagens
Cumpreo horário com rigor
Poucas e curtas paragens
Sem ruído de motor
III
Equipado com um bar
Que serve na perfeição
P'ra aquecer ou refrescar
Conforme a disposição
IV
Há apenas um senão
De Tunes para um dos lados
Muda de composição
Quem segue o ramal de Lagos
V
O Barlavento merecia
A linha electrificada
Decerto resultaria
Haver mais gente interessada

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cortes nas pensões


I
Desta vez os veteranos
Bafejados pela sorte
Por terem mais de 100 anos
Ficam isentos do corte
II
É um Governo intratável
Que torna o povo infeliz
E o Ministro irrevogável
Sobre o assunto nada diz
III
A aplicação da medida
É pura barbaridade
O tribunal que decida
Se é roubo à propriedade