Imposto de Respiração, Poluidor-Pagador

O imposto de respiração
Seria uma medida drástica
De acordo com a condição

E capacidade toráxica

Há que onerar os idosos
Sejam curvados ou coxos
Muito pouco cuidadosos
Com os esfincteres já frouxos

Um imposto especial
Que urge criar sem demora
Para o descuido acidental
E sua poluição sonora

O velhote já cansado
Não faz combustão completa
Deve ser penalizado
Com um aumento à coleta

Os insectos e as pragas

I

Saltam de vários quadrantes

Comentadores anti-Passos

Quase todos bem falantes

Criticam os seus fracassos

II

Sua gestão é objecto

De farpas do adversário

É a destruição do insecto

Por outro de sinal contrário

III

O seu grupo em concreto

Reage de modo igual

É a destruição do insecto 

Por outro do mesmo sinal

IV

Ambiente empestado

Por esta praga maligna

Começa a ser ventilado

Para outra mais benigna
V
Governo de sujeição
De direita ou canhoto
Causa mais devastação
Que praga de gafanhoto

Remodelação ou o banho do executivo

I

Staff de inferior quilate

Urge ser remodelado

Dispensou o alfaiate

Usa fato remendado

II

Perito na aldrabice

Com infantis argoladas

Dá largas à cretinice

Remodela às três pancadas

III

Devia ter dado o fora

E de novo o Zé intruja

Deitou a criança fora

E ficou com água suja

Há dias assim... venha o Diabo e escolha

Quinta-feira, dia 4

"Doutor" Relvas tardiamente

Acabou por ser corrido

Andava penosamente

tal e qual um morto-vivo

Entretanto o Presidente

Dá força ao Executivo

Familiares! A mesma gente!

Com as manhas do partido

Sexta-feira, dia 5

A seguir à vassourada

Vem o chumbo do Tribunal

Que deixa a seita enrascada

Menos mil milhões e tal

Sábado, dia 6

Volvido apenas um dia

O Governo coça o bestunto

Suas hostes reunia

Desta vez era um assunto

Passos vai a Belém

Recebe apoio formal

E agora até já tem

Governo Presidencial!

Conclusão

No acto de governar

Qualquer um nos faz a folha

Diz o rifão popular

Venha o diabo e escolha

Comentadores da treta

I

Vários canais infestados

Por políticos palradores

No activo fracassados

Viraram comentadores

II

Defendem a propaganda

De acordo com o poder

Obedecem a quem manda

São simples verbos de encher

III

Fartos das vossas mensagens

Lembram um navio à deriva

Rumem a outras paragens

Com a vossa narrativa

Possível Emigrante de Luxo

I

Para o Líder um regalo

A qualquer lado onde vai

Quase sempre entra e sai

Pela porta do cavalo

II
Leva vida de nababo

Não obstante a incompetência

Mas se o Zé perde a paciência
  Dá-lhe um chuto no rabo

III
Depois de muita patranha

Pressiona o Tribunal
Mas se a coisa corre mal
Lá emigra para a Alemanha