sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2012 Feliz

Saúde, trabalho e amor
Que constem no vosso plano
Mais uma pitada de humor
Para adoçar o Novo Ano

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Regra de 3 simples

I
Maior período de labor
É uma medida perversa
Demonstrada com rigor
Pela regra de três inversa
II
A ampliação do tempo
Requer menos trabalhadores
No desemprego gera aumento
Está de caras meus senhores
III
É fácil a compreensão
Mesmo a uma cabeça pasmada
Tal como à geração
Que não sabe a tabuada

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sair da toca

I
Num país em retrocesso
Não é preciso estudar
Há professores em excesso
Chega a hora de emigrar
II
Partir para outros quadrantes
É uma ótima sugestão
Ficam cá os ignorantes
Para manter a tradição
III
Se não gostas de embaraços
Segue à risca o conselho
Cumpre com rigor os passos
Da receita do coelho

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Julgamento na Alemanha



I
Corrupção dos submarinos
Chega agora ao tribunal
Começam a ser julgados
Corruptores da Ferrostaal
II
Subornaram os estrangeiros
Alguns gregos e portugueses
Que em matéria de dinheiros 
São dois irmãos siameses
III
Conhecem-se os corruptores
Que entregaram os capitais
Para pagar os favores
Aos corruptos nacionais
IV
Se houver julgamento
Aos corruptos em Portugal
Será uma perda de tempo
E o desfecho habitual
V
Em caso de condenação
Logo a pena se resume
À espera da prescrição
Com os recursos do costume


RE: DN

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Há sempre alguém que resiste

I
A saúde está em risco
Com taxas acrescidas
Pela voracidade do fisco
Com as garras mais compridas
II
Análises e consultas
Moderadoras e urgências
Funcionam como multas
Que trarão consequências
III
Só iremos ao Hospital
Ou ao Centro de Saúde
Já em estado terminal
Prontos para o ataúde
IV
Foi-se a qualidade de vida
Morre-se por não ter dinheiro
Passamos a tara perdida
Mas resiste o cangalheiro

Adivinha - Qual o metal?



O país está nas lonas
Ficando cada vez mais pobre
Atacado em várias zonas
Pela roubalheira do _______

Adivinha - Quem é o artista?



O diploma foi à sorte
As casinhas estão à vista
Face Oculta e Freeport
São filmes do mesmo artista

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Regresso às origens



I
Acabaram os feriados
5 de Outubro e 1 de Dezembro
Desde pequeno me lembro
Desses feitos celebrados
II
Extintos pela economia
Uma valorosa façanha
Talvez queiram a Monarquia
E entregarem-se a Espanha

Agressões ao ambiente


I
É património mundial 
A beleza de Foz Tua
Corre um perigo real 
Em mais uma falcatrua

II
A concessão da barragem
Pelo Governo anterior
É uma agressão à paisagem
E a um passado de labor

III
Estas obras aberrantes
Não geram qualquer riqueza
Mas mostram que os governantes
Desprezam a natureza

domingo, 4 de dezembro de 2011

Quem está em baixo que gema



I
Este governo é um horror
Fere alguém todos os dias
Agora com despudor
Atirou-se às freguesias
II
São golpes mal calculados
Deviam ter feito antes
Redução de deputados
E também de governantes
III
Reina a confusão total
Reduz o país a cacos
Um governo genial
A espezinhar os mais fracos

Chicotada psicológica



I
É complicado formar
Governo de uma só facção
Que goste de trabalhar
Não p'ró euro mas p'ró povão
II
Sim a pessoas competentes
Vindas de vários partidos
Tal como independentes
Que serão os preferidos
III
A selecção nacional
É um exemplo verdadeiro
Poucos jogam em Portugal
E muitos no estrangeiro

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os Lusíadas (2011 remix)



Canto I


1

Os euros e os cifrões açambarcados 
Que a ocidental praga lusitana 
Por processos nunca antes utilizados 
Passaram além da dívida soberana 
Sem perigos e com golpes requintados 
Mais do que permitia a sua gana 
E entre gente pacata edificaram 
O neo riquismo, que tanto desejaram

1
[remix alternativo]
As armas dos ratings e dos mercados
Que na ocidental praia Lusitana
Causaram tantos e tais estragos
Fizeram do país promessa leviana
Entre défices e cortes continuados
Mais do que aguentaria a força humana
Assaz fartos, muitos lusos se andaram
E para terras remotas emigraram

domingo, 27 de novembro de 2011

Desigualdades



Há um desprezo total
Pelo povo trabalhador
Por um governo anormal
Que nos trama sem pudor

II
Afirmam com ar sisudo
Que teremos com certeza
De perder quase tudo
E regressar à pobreza

III
Aprendeu toda esta gente
Pelo velho catecismo
Falam calma e docemente
Mas com laivos de fascismo

IV
Será que o povo aguenta
Tamanha desigualdade?
Ou o polvo ainda rebenta
Por tanta voracidade?

Defender a democracia

I
Um partido destacado
Gera grandes confusões
Paga as quotas por atacado
Para ganhar eleições

II
A maioria vai chumbar
O plano anti-corrupção
Com gente desta a reinar
Está protegido o ladrão

III
O povo bem apoiado
Pelo elenco que nos guia
Competente e dedicado
Está salva a democracia

IV
Para culminar o sucesso
E termos um lugar ao sol
Os três efes estão de regresso
Fado, Fátima e futebol

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Esperam-se reforços

I
A equipa do BPN
Está ainda incompleta
Com o Oliveira ao leme
Surge sempre um novo atleta

II
O capitão só aposta
Num plantel afinado
E a defesa disposta
Com um Lima em cada lado

III
Evoluem no terreno
Dão um espectáculo brioso
Muito eficaz e sereno
Ingressa o central Raposo

IV
O team está desfalcado
E talvez noutro país
Deverá ser encontrado
Ponta-de-lança de raiz

V
É uma equipa de primeira
Rigorosa e muito hábil
De elevada craveira
E valor incalculável

domingo, 20 de novembro de 2011

Académica 3-0 Porto

I
Tem um excelente percurso
com aura e perfeita mística
Foi gramar comida de urso
em gíria futebolística

II
O Porto foi à Briosa
Mas o jogo correu mal
Apanhou uma grande tosa
Enfardou três no bornal

III
Mas a equipa tem patrão
Em futebol um senhor
Para já a solução
É varrer o treinador

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cerco internacional à corrupção



I
Os negócios com Luanda
Poderão ser afectados
A corrupção é quem manda
Mas tem os dias contados

II
A Comissão Europeia
E também os Estados Unidos
Tentam destruir a teia
Dos países corrompidos

III
Há um cerco internacional
Que irá atingir Angola
Mas há sempre um coelho
A querer sair da cartola

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mercados à solta



Sejam de esquerda ou de direita 
Os governos cairão 
Se não conseguirem a receita 
Dos senhores do cifrão 

II 
Em democracia eleitos 
Estão a ser afastados 
Os seus poderes são desfeitos 
Por não ceder aos mercados 

III 
Qualquer ministro é deposto 
Pelos mercados glutões 
Sem ideologia nem rosto 
Que nos sacam aos milhões

domingo, 13 de novembro de 2011

Brandos costumes



I
Os VIP's dos Estados Unidos
Após serem condenados
À cadeia são conduzidos
Devidamente algemados
II
Cá são estrelas imponentes
Ao sair do tribunal
Com as televisões presentes
Para lhes dar apoio moral
III
Alguns VIP's condenados
A vários anos de prisão
Passam a vida encantados
À espera da prescrição


[Imagem: antigas instalações do Tribunal de Portimão]

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Desvios no bom sentido



I
Outrora foram colónias
Alguns novos países
Acabaram sem cerimónias
Com antigas raízes


II
Uma potência mundial
O Brasil da Senhora Dilma
Levou um impulso vital
Do operário Lula da Silva


III
Cabo Verde e a secura
É um país genial
Investiu muito em cultura
Tem encanto musical


IV
Muitos casinos
Impostos leves
Macau está sempre a crescer
Bons salários, não há greves
Paraíso p'ra viver


V
É provável que Timor
Vá também evoluir
Governado com amor
Com o petróleo a fluir

Futebol à luz do dia



I
Caímos num ponto morto
Em enorme austeridade
Era bom que o desporto 
Poupasse electricidade


II
O Benfica joga em Braga
E há três interrupções
Acende a luz e apaga
Gera logo confusões


III
Estamos a recuar no tempo
Ao nível da monarquia
É pois chegado o momento
Futebol sempre de dia

Ref: TVI

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Será que funciona?


I
A justiça portuguesa
E do Brasil país irmão
Devem sentar-se à mesa
Em estreita colaboração

II
Os factos já alegados
Sobre a morte de Rosalina
São agora imputados
Ao suspeito Duarte Lima

III
Resta pois a obrigação
Da justiça funcionar
E agir com isenção
Para nos dignificar

IV
Já nos chega a Casa Pia
Face Oculta e Freeport
BPN e companhia
Onde foi perdido o norte

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Implosão em cadeia



I
As dificuldades aumentam
Para o vulgar cidadão
Já dificilmente se sentam
No café ou ao balcão

II
Bebiam uma bica e água
Em amena cavaqueira
Cortaram com grande mágoa
E só tomam a primeira

III
Com o agravar da situação
Foi-se tudo por inteiro
Ao café disseram não
Só se contentam com o cheiro

IV
Uma perda de amargar
Que os amigos desuniu
Para cúmulo do azar
O café também faliu 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Make love. Bebés em Portugal


I
Há uma inversão da humanidade
No aumento populacional
Viver perdeu qualidade
Sobretudo em Portugal

II
Ritmos de trabalho violentos
Insegurança no emprego
"Lock out" e despedimentos
Geram falta de sossego

III
É pois lógico que um casal
Sujeito a estes sarilhos
Diga basta! não queremos tal
Vida triste para os filhos

IV  
Aos nascimentos não chegam
Incentivos de verdade
Cessa o abono de família
E baixa a natalidade

domingo, 30 de outubro de 2011

Socorro aos bancos



I
Nas televisões nacionais
O herói é o dinheiro
Está em todos os canais
Desde o último ao primeiro
II
Políticos e comentadores 
Discutem o orçamento
Analisam sabedores
A situação do momento
III
Falam em coesão nacional
Discutem até à exaustão
Quanto à parte social
Mergulhou na escuridão
IV
Para o governo só há bancos,
Dívidas soberanas, mercados...
Quem trabalha são os tansos
Alegremente depenados

sábado, 29 de outubro de 2011

Música de embalar



I
Portugal está doente
Com prognóstico reservado
O povo está descontente
Por sentir-se defraudado
II
Conselheiros em reunião
Durante o ano, algumas vezes
Afinam o diapasão
Para dar música aos portugueses
III
Os lusos estão perdidos
Como o "Titanic" a afundar
Os passageiros distraídos
Com a orquestra a tocar

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O azar de não ter petróleo



I
Em Sanaa e em Damasco
Os poderes cascam bem
Será um grande fiasco
Se a NATO não intervém
II
Iemenitas e sírios
Só querem viver em paz
E que cessem os martírios
Mas não há petróleo nem gás!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sonhar acordado



I
Os devaneios do executivo
Com finanças a dar o berro
Tornam-no mais ativo
Vira-se agora para o ferro
II
Moncorvo já está em estudo
Depois da agricultura e pescas
É bom que não falhe tudo
Como já falharam estas
III
Sonha também com o gás
Jorrando nos mares do sul
Que pode tornar incapaz
As praias e o mar azul
IV
A dura realidade
Sobre os assuntos focados
É mais uma veleidade
Dos que sonham acordados

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Boas férias e melhor Natal

I
Estamos no século XXI
Já bem longe do fascismo
Aparece sempre algum
Que aposta no divisionismo
II
Tem razão o Presidente
Que veio repor a verdade
O povo dirá presente
Se existir equidade
III
Havia muito para dizer
Deste orçamento infeliz
Não dá para compreender
Tão novos e já senis

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Descarrila o comboio

I
Transporte de qualidade 
Que serve a população
Seguro com comodidade
E escassa poluição
II
Como em geral no país
Está tudo a dar o berro
Este governo infeliz
Liquida os caminhos de ferro
III
Até no período da guerra
Queimou lenha por carvão
Cessou de vir de Inglaterra
Não houve paralisação
IV
Dizem "nuestros hermanos"
Que entre os transportes mil
De certo não encontramos
Melhor que"el ferrocarril"

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Buracos sem fundos

   I
Os ricos são intocáveis
Ninguém os põe a pagar
Peritos e muito hábeis
Na arte de esburacar
   II
Vamos cortar nas gorduras
Diz o líder com firmeza
Mas afinal as fissuras
São só feitas na magreza
   III
Classe média sob fogo
É um alvo infeliz
Não tem qualquer desafogo
Se acaba morre o país
   IV
Depois desta machadada
Na carteira de olhos postos
Não se vislumbra lá nada
Para pagar os impostos

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cair no real

     I
Uma equipa esburacada
Batida pela Dinamarca
Uma derrota esperada
Só não ganha quem não marca
     II
Em vez de atletas apáticos
Um grupo de bons jogadores
Que podem não ser simpáticos
Mas fazem de nós vencedores
     III
A baliza do outro lado
Onde raramente se acerta
É um postigo aferrolhado
Na nossa janela aberta


Ref: Público

Mega Finança

               I
Certos mega financeiros
Habilidosos e sem pudor
Sacam mercados, banqueiros;
Governo, países... um horror!
               II
A concorrência a perceber
Que é forçada a retirar
É bem difícil prever
Onde tudo vai parar
               III
Problemas do Ocidente
Propagam-se tal como o som
Cuja mensagem aparente
Não augura nada de bom