domingo, 28 de setembro de 2014

Poleiro em decomposição


I
Está-se quase a desfazer
Mas há sempre candidatos
A ganância do poder
Também chegou aos inaptos

II
Acabou sua jornada
Penosa, sem rumo certo
Com a bússola avariada
Mesmo ao sair do deserto

III
Nos debates exagerou
Mostrou-se pouco seguro
A eleição comprovou
Que ainda está imaturo

IV
Queria subir ao poleiro
Em plena degradação
Com ele e o grupinho inteiro
Estava certo o trambolhão

V
Piso zero é o seu lugar
Há que voltar cá p'ra baixo
Se engolir sem mastigar 
Ainda consegue um tacho

VI
Despenhou-se no abismo
Perdeu por falar demais
Com excesso de populismo
E ataques pessoais

sábado, 20 de setembro de 2014

Os barões & companhia


I
Barões de alta finança
Há muito cá instalados
Actuam com segurança
De políticos e mercados

II
Com plano bem desenhado
Sobre Portugal inteiro
Metem mão em todo o lado
Desde que cheire a dinheiro

III
O resultado está à vista
Reina enorme tristeza
Este conjunto golpista
Conduziu-nos à pobreza

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Os arautos da desgraça



I
A comunicação social
Lá vai ocupando o seu espaço
Intervala o bem e o mal
Por vezes sai um cagaço

II
Veio com a gripe das aves
Que pouco nos afectou
Nada de occorrências graves
Salvo quem muito lucrou

III
A ébola, doença perigosa
Ampliada à exaustão
É pouco contagiosa
Requer higiene e nutrição

IV
A guerra têm previsto
Sem a menor convicção
Ignoram qualquer risco
Mesmo a decapitação