segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Contrastes



I
Embora do mesmo partido
Figuras proeminentes
Sobre o dinheiro recebido
Têm opiniões diferentes
II
O Cavaco já assumiu
A sua magra pensão
Logo o povo reagiu
Com espontânea subscrição
III
O Coelho não pede ajuda
Já lhe chega a massaroca
Em situação mais bicuda
Basta-lhe sair da toca
IV
Continuemos a sorrir
Vamos deixá-los falar
Os campos irão florir
E o sol sempre a raiar

domingo, 22 de janeiro de 2012

Reformado e mal pago



I
O Presidente informa
As famílias portuguesas
Que a sua magra reforma
Já não chega para as despesas
II
Sempre foi moderado
E perito em finanças
Sente-se agora forçado
A atacar as poupanças
III
Como qualquer reformado
Está sujeito ao mesmo perigo
Se não for organizado
Vai parar a sem abrigo

Schettino, o cretino



I
O desastre do "Concórdia"
Traçou um negro destino
Ao grande navio de paródia
Comandado por Schettino
II
Quis passear junto à ilha
Mas a manobra falhou
Um rombo ao pé da quilha
E o "Concórdia" encalhou
III
A faina da Evacuação
Seguiu as normas devidas
Mas um infeliz tropeção
Atirou-o ao salva-vidas


Ref: DN; Wikipedia


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mini-roubo

I
Roubos nas grandes superfícies
Chocolate, champô ou laca
Gera situações difíceis
Pequeno ladrão não escapa
II
As custas do julgamento
Mais um saque com requinte
Empresas sem pagamento
Sobra para o contribuinte
III
Mini-roubo abre um processo
Que entope os tribunais;
De golpistas de sucesso
Nem uma linha nos jornais


Ref: Público

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Lojas de conveniência



I
Outrora seriam úteis
Seu objetivo hoje em dia
Apoiar certos inúteis
Com tachos da confraria
II
Há grande proliferação
De secretas anacrónicas
É duvidosa a função
De tantas lojas maçónicas
III
E assim chegou a hora
De uma revisão geral
Compasso e esquadro fora
Sem esquecer o avental

sábado, 14 de janeiro de 2012

Águas poluídas

I
A promessa eleitoral 
De pessoal competente
Nas águas de Portugal
Foi levada na corrente
II
Nomeado um autarca
De sete milhões devedor
Nas águas agora embarca
Em grande Administrador
III
Competência sem rival
Falhas na democracia
As Águas de Portugal
São mera pornografia

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Desempregados "five star"



I
Os jovens desempregados
São mais de trinta por cento
Mas não tenhamos cuidados
Vai acabar o tormento
II
A EDP mete empregados
E encontra a solução
Milionários reformados
Entram para a Administração
III
Não passava pela mente
Nem do próprio Salazar
Solução tão evidente
"Old boys" a trabalhar

domingo, 8 de janeiro de 2012

Master card

I
Vem aí novo cartão
Para conseguir descontos
Desta vez o cidadão
Consegue uma vitória aos pontos
II
Descem os preços dos transportes
Na saúde há redução
Comam bem e não se importem
Também baixa a restauração
III
Cidadãos estejam prontos
Explorem o que o papel cobre
Para beneficiar dos descontos
Basta ter cartão de pobre

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Natal em Braga

I
Tinha subsídio de renda
Por não viver na capital
Tiraram-lhe aquela prenda
Pouco antes do Natal
II
Super ministro das polícias
Usa o transporte do Estado
E nas Festas Natalícias
O carro foi vandalizado
III
Depois de tanto insucesso
E de sentir certo medo
Cuide-se no seu regresso
Senhor Ministro Macedo

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O avarento, o povo e o burro



I
O avarento tinha um burro
Que trabalhava com dureza
Além de sovina e casmurro
Não queria fazer despesa
II
Fez cortes na sua ração
Lenta e progressivamente
Descobriu a solução
Para si conveniente
III
O burro lá resistia
Trabalhando sem comer
Mas volvido mais um dia
Exausto, estourou ao morrer
Moral da história
Não apliquem muitas vezes
Cortes tais em pouco tempo
Reagirão os portugueses
E quem estoura é o avarento

Mensagem de Ano Novo



I
Novo ano pior que antes
Sem vislumbre de alegrias
Será bom que os governantes
Não nos tramem todos os dias
II
Só se consegue sossego
Não destruindo as famílias
Urge criar pleno emprego
Para não gerar quezílias
III
Os ricos e governantes
Que moderem a ostentação
Parar excessos gritantes
É primeira condição