quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Só mudam as moscas


I
Temos um esquema nocivo
Que não dá com o mundo novo
Seu principal objectivo
É a pobreza do povo
II
Opõe-se aos ensinamentos
Vindos de outras paragens
Despreza os mandamentos
Só aos ricos dá vantagens
III
Não se vislumbra mudança
Silêncio dos humilhados
Será que nada avança?
São felizes os explorados?
IV
Algo irá acontecer
E de novo enfiar a touca
Os afins a concorrer
Com uma diferença tão pouca

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Brincadeiras de Carnaval



I
As caixas do multibanco
Já dão papel colorido
Nos mercados, mais um espanto
Saco plástico bem vendido

II
Não é claro quem vai lucrar
Neste negócio chorudo
Será que estão a reinar
Nesta quadra de Entrudo?

III
Surge assim um novo imposto
Que não tapa qualquer buraco
Brincadeira de mau gosto
Vinte escudos cada saco!

IV
Como é habitual
Esta gestão de chupeta
P'ra sugar o capital
Mama sempre na mesma teta

domingo, 8 de fevereiro de 2015

O povo helénico e a União Europeia


I
A vitória do Syriza
Tem mérito excepcional
A União já a divisa
Ainda obscura em Portugal

II
Desejo que corra bem
O rasgo do povo helénico
E se alastre também
Ao noso país anémico

III
Se a Grécia for varrida
Será um erro irreparável
Fica a Europa enfraquecida
E em equilíbrio instável

IV
Atenas muda de rumo
 E nos Balcãs a União
Tem uma cortina de fumo
Que agrava a situação

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

ATM revolucionária



I
Faz o trabalho devido
Mas é um caso inédito
Oferece papel colorido
Apenas a quem tem crédito

II
Altamente sofisticada
A ATM inteligente
Exímia e bem treinada
Para extorquir o cliente

III
Operação imprevisível
Tecnologia de ponta
Faz um saque irreversível
Com o desconto na conta

IV
O lesado não reagiu
E de modo racional
Pela data concluiu:
Partida de Carnaval

Notícias: CM

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Política em contramão


I
O Governo em funções
Alheio às transformações
Que ocorrem no Ocidente
Continua obcecado
Em não alterar o estado
Deste país indigente

II
Rígido e com firmeza
Incrementa a pobreza
Cortes e contribuições
Desemprego, salários baixos
E prováveis cambalachos
Mais as privatizações

III
A situação não é estável
E uma mudança provável
Lhe tirará a cadeira
E maus bocados virão
Após toda a confusão
Da política matreira

IV
As jogadas financeiras
São um rosário de asneiras
Com muitos casos opacos
Vendem-se as boas empresas
Vão-se as asas portuguesas
Ficam somente os buracos