Craques lusos na penumbra

I

No futebol por vezes

Ficamos com má imagem

Equipa com mais portugueses

Mesmo só a da arbitragem

II

Portugueses jogam bem

É um facto evidente

Como há pouco já provaram

O Vizela e o Gil Vicente

III

Não se lobriga o olheiro

Distraído ou ocupado

Com o produto estrangeiro

Que rende mais no mercado

IV

Nos jogos internacionais

Exceptuando a selecção

Sofremos derrotas a mais

Por causa da exclusão

Lyon 3-1 Benfica

I 

A equipa do Benfica 

Líder do campeonato 

Foi a Lyon e claudica 

Meteu água e abriu buraco 

II 

Em casa é o primeiro 

Lugar honroso e distinto 

Na Champions é o quarto 

Porque não existe o quinto 

III 

É uma pura verdade 

No futebol em Portugal 

Só existe qualidade 

Na seleção Nacional 

Assim vai a Catalunha

 I 

Mesmo no século XXI 

No continente europeu

Há um país que domina 

Um povo que não é seu 

II 

Fala uma língua diferente 

Quer viver em harmonia 

Esmagada no presente 

Pela anti-democracia 

III 

Situação imoral 

Quando há presos políticos 

Extinta na mente normal 

Viva em cérebros paralíticos 

IV 

Um país é do povo que o habita 

Que o ama, trabalha e desenvolve 

E nunca da distante comandita 

Que o explora e de bom nada resolve

Rescaldo eleitoral

I

O táxi do CDS

Depois de colisão dura

Assunção Cristas remete

Para a sua viatura

II

Assunção Cristas exibiu

Só política negativa

Após contagem explodiu

Deu o fora, foi à vida

III

Evidente incompetência

Por trilhar linhas tortas

Ao partido com sua ausência

Resta só fechar as «Portas»

Quadras soltas

I

A campanha eleitoral

Aposta nos jogos brancos

Não enfatiza o essencial

Esgota a energia com Tancos

II

O planeta a descambar

Os jovens a perceber

Se a agressão não parar

Compromete o seu viver

III

A comunicação social

Jornais, rádio e televisão

Falam do trio principal

E omitem o Famalicão

IV

E assim vai a cambada

Adepta da nulidade

Sem tempo para mais nada

Que encerre qualidade

V

Uma certeza porém

Aqui deixo a minha aposta

Não se vislumbra ninguém

Que faça melhor que Costa

VI

Barretes eu não enfio

Nem com borlas ou às riscas

Apregoados por Rio 

Ou ainda Assunção Cristas

Todos contra um

Nos ataques ao PS

O Bloco e a direita

Se não são até parecem

Pregadores da mesma seita

Incêndios na Amazónia

 I 

Qualquer pessoa normal 

Com boa massa cinzenta 

Acha o oxigénio vital 

P’ra evitar a morte lenta 

II 

Todo o país evoluído 

Dá a sua contribuição 

Para ver desentupido 

Este enorme pulmão 

III 

Todo o povo em geral 

Olha o fogo alarmado 

Bem pior para o mortal 

Que já ir ao bolsónabo

O voo das aves

I

O PDR é uma criança

Perdida num labirinto

Mas com enorme esperança

Num bom poleiro para o Pinto

II

Augura-se um mar de rosas

Após voo acidental

Via matérias perigosas

Dum influente Pardal 

III

Se faltar o combustível

No dia da eleição

Será proeza incrível

Das aves de arribação

Ordem e contas certas

I

A oposição esfrangalhada

Perita na confusão

Está agora calada

E atira a toalha ao chão

II

O Governo actual

Sempre de portas abertas

Implanta em Portugal

A ordem e contas certas

Pardalinhos e passarões

I

Na luta dos motoristas

Paira um elemento notório

Sobre a ANTRAM e os grevistas

Qual ladino pardalório

II

Uma perigosa asneira

De âmbito nacional

A engenhosa ratoeira

Que nos armou um "pardal"

Matéria ultra-perigosa

I

A greve dos motoristas

Lesa o povo em geral

E nem tão pouco belisca

A entidade patronal

II

Talvez estejam mal pagos

Como o vulgo do povo

Mas com passos desregrados

Teremos o caos de novo

III

Cabe à gente responsável

Evitar esta agressão

Sendo o alvo desejável

Que saiam da contramão

Produção/poluição

I

A ganância do poder

Económico é letal

Pois insiste em desfazer

O Paraíso Terreal

II

Várias medidas urgentes

E benéfica alteração

Dos sistemas poluentes

Nas áreas da produção

III

P'ra que possamos respirar

Sem que a vida nos trame

Há que a fundo travar

Os detentores do arame

A viagem à Lua e as mentes atávicas na Terra

I

Meio século já passado 

O tempo jamais recua 

Um grande passo foi dado 

O Homem pisou a Lua 

II

Há ainda certa gente 

Que deste feito duvida 

É um sinal evidente 

De cabeça pró varrida 

III

A comunicação social 

Não deve dar tempo de antena 

À ignorância total 

Seja lunar ou terrena

O direito de viver

I

Pessoa que se perpetua

Na política não ilude 

A vulgar gente da rua 

Ainda menos a juventude 

II 

Para cedo não morrer

E também não ir à guerra  

A juventude ao poder 

A bem da vida na Terra 

III 

As alterações climáticas 

Que afectam o Planeta 

Requerem medidas drásticas 

Impossíveis aos marretas

 IV 

Cabe pois à juventude

Remover estes escolhos 

Que lhes reduzem a vida 

Ou mesmo fechar os olhos 

V 

É urgente a aplicação 

 De salutares projectos 

Que garantam a extensão 

Da vossa vida e dos netos 

VI 

Agressões ambientais

Abalam a nossa vida 

Se aumentarem demais

É o fim. Sem despedida

VII
A velharia endinheirada
Cuja vida foi uma boda
Rosna antes d'abalada
Quem cá ficar que exploda

Lá vamos e bem levados

I

Uma drástica contenção

Por já irem além das marcas

O nível da corrupção

Que atinge alguns autarcas

II

Anos após ocorrências

Voltam de novo aos assuntos

Quem ouve não tem paciência

Por amnésia dos bestuntos

III

Esquemas modificados

Com a evolução do tempo
Os bancos agora assaltados
Por alguém que lá está dentro

IV

Por todas estas palmadas

Geme o contribuinte otário

E a corrupção encostada

Ao "bom" sigilo bancário

Final da Liga das Nações

No Estádio do Dragão

 Perante enorme multidão 

A equipa portuguesa 

Com Rui Patrício nas redes 

E golo de Gonçalo Guedes 

Espreme a laranja holandesa

Europeias e seguintes

I 

A cúpula do PSD 

Bem unida ao CDS 

A realidade não vê 

E vai ter o que merece 

II 

As eleições europeias 

Prólogo das legislativas 

Vão aclarar as ideias 

De tais mentes retorcidas 

III 

O partido predador 

Está já de dente afiado 

Reacção do eleitor 

Mais cortes, não obrigado

O Mata Porcos

I 

Está há muito comprovado 

Que p'ra comer não há melhor 

Em carne ou peixe grelhado 

Mata Porcos é o maior 

II 

Nacionais ou os estrangeiros 

Em férias ou residentes 

Despendem pouco dinheiro 

E ficam habituais clientes

 III 

Um cardápio especial 

Por pouco mais que uns trocos 

Não é sistema usual 

Só mesmo n'O Mata Porcos!...

Há greves e greves!..

I

A greve é uma arma

Do povo trabalhador

Que por meio desta trava

O patrão explorador

II

No funcionalismo público

O caso é bem diferente

O que exigem os grevistas

É pago por toda a gente

III

São eles que pagam impostos

De milhares de milhões

Geridos pelo Governo

Em inúmeras situações

IV

Greve selvagem que avança

Revela falta de tino

Se afecta a segurança

A saúde ou o ensino

V

Se estão descontentes

Aqui lhes deixo um conselho

Votem em algo equivalente

À dupla Portas & Coelho

Agir depressa e bem

I

O monóxido de carbono

Destrói a hemoglobina

Que não transporta oxigénio

E assim a vida termina

II

O principal objectivo

Cá na Terra é a limpeza

Reduzindo o que é nocivo

À boa Mãe Natureza

Mudar de cavalo para burro

I 

Maduro a governar 

Estrangula a Venezuela 

Porém se Guaidó ganhar 

A coisa anda ela por ela 

II 

Para um melhor futuro 

O ideal no momento 

Nem Guaidó nem Maduro 

Mas sim um homem do centro 

III 

Para a Venezuela viver 

Em casa e com mais saúde 

Como é costume dizer 

No meio está a virtude 

IV 

Versos de pouco alcance 

Não chegarão a Caracas 

Mas por cá resta a chance 

De os lerem os matracas

Hiper robô dois em um

Surto grevista abrandou 

Persiste a do enfermeiro 

Apoiada por robô 

Que dá folga e dinheiro

Alterações climáticas e degradação do ar que inalamos

I 

É inútil afirmar 

Que o planeta está em risco 

Quem tal ideia espalhar 

Não percebe nada disto

II 

A Terra em incontáveis giros 

Nos seus roteiros esféricos 

Indiferente a quaisquer riscos 

Pelos danos climatéricos 

III

 Oxigénio e azoto 

Vapor de água e gases raros 

Nas percentagens corretas 

É o que urge meus caros

IV 

A percentagem de oxigénio 

Se baixar um pouco mais 

Inalamos gasogénio 

E aumentam os funerais 

V 

Se a poluição não baixar 

É por demais evidente 

Que dispensa o nuclear 

Para dar cabo da gente 

VI 

As alterações do clima 

Não afetam o planeta 

São o vírus da chacina 
Do Homem; e o resto é treta

O Mata Porcos - The Pigs' Killer

I 

If you want a good lunch 

Or maybe a nice dinner 

In Portimão a good chance 

Is at the Pigs' Killer 

II 

Uma ementa especial 

Saborosa e saudável 

Com o preçário normal 

Num ambiente agradável

Ano novo chinês - kung hei fat choi!..

 I 

O calendário oriental 

Assinala em Fevereiro 

A mudança anual 

Na China o dia primeiro 

II 

Finda o ano do Cão 

Apagado cai de borco 

Desponta o embrião 

Do Novo Ano do Porco 

III 

Uma semana de festejos 

Com desfiles e panchões 

Muitos abraços e beijos 

Alegram os foliões

Taça da Liga

I 

A equipa do Leão 

Com muito poucos aselhas 

Mimoseou o Dragão 

Com forte puxão de orelhas 

II 

P’ró líder do campeonato 

Na liga coisas estão pretas 

No final abriu buraco 

E foi-se abaixo das canetas 

III 

Com o alvor do Novo Ano 

Está a emergir o Leão 

E a deslizar pelo cano 

O onze de Conceição

Carnaval antecipado

I

Um PSD apostado

Em se auto-destruir

Em esteios desconjuntado

E o pior vem a seguir

II

Fracturas e deserção

E o que exibe aos eleitores

É toda esta confusão

Vem da mona dos autores

III

Estes actos escusados

Desagradam em geral

E os eleitores informados

Não vão neste Carnaval

A saúde que não temos

I

A saúde e seus sistemas

São assuntos preferidos

Tipo conversas amenas

Nos meios comunicativos

II

A saúde e o capital

Estão ambos de mãos dadas

Têm cura p'ra todo o mal

E as bolsas recheadas

III

Apoio não falta a ninguém

Nas clínicas que há hoje

Se tem euros tudo bem

Se não tem vá morrer longe