quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Mensagem de Ano Novo


Quem insiste sempre alcança
Dois zero um seis Novo Ano
Há uma réstia de esperança
Em não entrar pelo cano

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A debandada


I
Quatro anos e quatro meses
Duma política da treta
Apoiada inúmeras vezes
Pelo PR na alheta

II
O homem que nunca se engana
E dúvidas só raramente
Leva o epíteto de banana
Na função de Presidente

III
A altos cargos guindado
Referiu auto-crítico
Embora os tenha ocupado
Que nunca foi um político

IV
Notícia da última hora
Portas cerra-as, sai de fino
Zarpa daqui para fora
Imerso num submarino

V
Da tríade rude e austera
Só falta Passos Coelho
Que saltará desta esfera
Se surgir algum pentelho

sábado, 26 de dezembro de 2015

Legado dos idos (des)governantes


I
Previamente anunciado
Pelo Governo que saíu
Já com o campo minado
A sobretaxa caíu

II
Deixaram o país à deriva
Encalhar num recife
Na manobra evasiva
Colidiram com o Banif

III
Com elevado requinte
Desvia o novo Primeiro
Massa do contribuinte
Para a bolsa do banqueiro

IV
A corrupção prolifera
Da direita para o centro
Cacholas da alta esfera
Somente um é que foi dentro

V
O objectivo principal
Dos amigos do alheio
É o seu bem-estar geral
Com o cofre sempre cheio

VI
São casos p'ra lamentar
Que só geram frustração
Vejamos se vão parar
Ou se mais outros virão

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Feliz Natal



Desejo um Feliz Natal
A todo o grupo leitor
À família e pessoal
Com paz, saúde e amor

É tradição festejar
Na quadra das noites frias
Mas quero aqui relembrar
Que é Natal todos os dias

domingo, 6 de dezembro de 2015

Engolir um sapo? É a vida...


I
A moção de rejeição
Revela o triste estado
O furor e confusão
Do elenco rejeitado

II
Quatro anos de austeridade
Com erros postos a nu
Ainda com a veleidade
De repetir o menu

III
O seu trunfo principal
Era a esquerda dividida
Que num rasgo genial
Age e luta pela vida

IV
Especialista na mão baixa
O ex-Governo austero
Inverteu a sobretaxa
De trinta e cinco p'ra zero

V
Passos Coelho apeado
Quase a cair na valeta
Lembra um bebé irado
Ao ficar sem a chupeta

V
Corra lá como correr
Com mais ou menos chatice
É impossível fazer
Pior que Passos e seu Vice

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O "indicador" de Belém


I
Contrariado ouviu
O arco de que não gosta
Finalmente decidiu
"Indicar" António Costa

II
Um Governo qualificado
É urgente no país
Que dê conta do recado
E o meta nos carris

III
A dupla da avareza
Começa hoje a saltar
Deixa o povo na pobreza
Depois de se governar

domingo, 22 de novembro de 2015

Cavaco, o pensador


I
O cidadão não gosta
Do PR a empalear
A nomeação de Costa
Já tarda a declarar

II
Está difícil a solução
Quer decidir com rigor
Que no caso em questão
Só um génio pensador

III
Vasculha algo de novo
Consome o seu escasso tempo
Descura a voz do povo
E os votos do Parlamento

IV
Já com o pé no estribo
Para dar vaga em Belém
Só estrangula o crivo
À esquerda e a mais ninguém

V
Esta aberração somente
Surge uma em mil vezes
O país com um Presidente
Não de todos os portugueses


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Canibalismo político



I
A esquerda teve a ousadia
De virar a situação
Com uma nova maioria
Que instalou a confusão

II
A direita por seu lado
Ignora a lei geral
Com um chefe obcecado
A empobrecer Portugal

III
Impensável conceber
Que no solo nacional
Ainda possamos ter
Um Aníbal canibal

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Não a mais do mesmo


I
Coelho podre foi esfolado
Num arco do Parlamento
Pelo fedor exalado
Portas abertas ao vento

II
Investiram em obras mortas
Com despudor e frieza
Encerram agora as portas
Os criadores da pobreza

III
Surgiu enfim a rejeição
Da política de direita
Mais do mesmo é que não
Já tresanda essa receita

sábado, 7 de novembro de 2015

Dois em um ou quatro em um


I
Passos Coelho e o seu Vice
Ao país deram chatice
A pior desde Abril
Aos grandes muitos suportes
Aos de baixo apenas cortes
Com a sua "lei do funil"

II
Tentam agora a todo o transe
Que a esquerda não avance
Demolindo os seus anseios
Que decerto aumentarão
Se for falsa a afirmação
Que "temos os cofres cheios"

III
Não sabemos o que vai dar
Mas seria de pasmar
E objecto de estudo
Venda de empresas baratas
E noutras negociatas
Vai-se um montante chorudo

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Submarino ao fundo



O P.R. caíu na asneira
De empossar à sexta-feira
Um Governo nado-morto
Que para largar do porto
Com vida não tem maneira

domingo, 25 de outubro de 2015

Governo foguete


I
O Governo derrotado
Que empobreceu o país
Continua apostado
Em o manter infeliz

II
Querem que a oposição diga
Como pensa governar
Sem trabalho nem fadiga
Só têm que copiar

III
Foi assim na campanha
Criticando a oposição
Só calculismos e manha
Dos seus danos: um apagão

IV
Utilizam alguns pivôs
Que entrevistam responsáveis
Agindo como robôs
Destes políticos inábeis

V
Outro trunfo consistente
Com um discurso rasteiro
É o próprio presidente
Que os quer manter no poleiro

Knock Out
Se tal se concretizar
Será o governo foguete
Sobe ao alto para estourar
E estatelar-se no tapete

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Outra maioria precisa-se



I
O Governo do país
Não é difícil de encontrar
Será o que o povo quis
No seu acto de votar

II
Se três partidos concordam
Em formar a maioria
E os oponentes discordam
São anti-democracia

III
Só têm que se ir embora
Com a sua austeridade
Correrem daqui p'ra fora
Fim do prazo de validade

IV
Sobre um partido de esquerda
A direita por tortas linhas
Mantém a ideia lerda
Que ainda comem criancinhas

V
O tempo gera mudanças
Umas boas, outras não
Fome, para muitas crianças
É obra da coligação 

VI
Um quase pleno aliado
Da direita nacional
É o apoio descarado
Da comunicação social

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Chuto e pontapé

Resultados
Política embaraçada
Ninguém sabe o que aí vem
Já com a futebolada
Tudo está a correr bem

Golo
Portugal está na Europa
Radiante ficou o Zé
Qualquer espectador foca
Que adorou o pontapé

1/5
Outro sabor desigual
Com coisas sérias não brinco
Fãs do chuto eleitoral
Apenas um em cada cinco

sábado, 19 de setembro de 2015

Vendilhão e carteirista


I
Uma dupla especial
Vendilhão e carteirista
Em trabalho desigual
Qual dos dois o mais artista

II
O primeiro brada nas feiras
Onde o trabalho redobra
Propaganda e asneiras
A vender banha da cobra

III
O segundo mais subtil
Fala e veste à maneira
Adormece o imbecil
P'ra lhe palmar a carteira

IV
Anda por aí à solta
Esta parelha daninha
Acautelem a vossa bolsa 
Que eu acautelo a minha

V
O processo inteligente
P'rá acabar com este prato
É correr com esta gente
No próximo dia quatro

domingo, 13 de setembro de 2015

Debates e entrevistas



I
Duma maneira geral
Está agora confirmado
Que a comunicação social
Puxa muito só p'ra um lado

II
Há ou ou outra excepção
De "pivots" imparciais
Contam-se p'los dedos da mão
Os íntegros profissionais

III
O "pivot" faz a pegunta
Se não lhe agrada a resposta
Baralha e de pronto junta
Outra e outra a António Costa

IV
Vivi na "outra senhora"
Vejo e ouço esta gente
Tal e qual bajuladora
Desfasada do presente

sábado, 5 de setembro de 2015

Em casa, sem anilha


I
O juiz decidiu três vezes:
Fica em prisão preventiva
Em Évora mais de nove meses
Será que foi abusiva?

II
Vai para casa com pulseira
P'ra Sócrates foi letra morta
Sai então na sexta-feira
Mas com a polícia à porta

III
Durante o Portugal-França
Embate de pouco valor
Feita a Sócrates a mudança
Com o Zé no televisor

IV
Fica assim preso em casa
Mas se ficar calado
A seita age na brasa
P'ra que seja libertado

V
Querem que Sócrates fale
Nesta altura não desista
Num discurso que entale
O Partido Socialista

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Basta de tesouradas



I
A direita a governar
Arteira e enganadora
Nunca nos irá privar
De nos brindar à tesoura

II
É dum vazio total
Mas ainda faz p'la vida
O seu trunfo principal
É a esquerda desunida

III
Tem os pasquins habituais
E vários comentadores
Privilegiados a mais
E escassos trabalhadores

IV
A ampla classe laboral
Desde o topo à mais baixa
Quase toda por igual
Na direita não encaixa

V
Urge que o eleitor desperte
Encare o país de frente
Faça a cruz que nos liberte
Dos excessos desta gente

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A praga dos fumadores



I
No Verão é habitual
Férias recuperadoras
Que contemplam por igual
Vastas pragas fumadoras

II
Pontifica o cigarro
Mais rara a cachimbada
O charuto e o catarro
E a maligna fumarada

III
Ocupam as esplanadas
Empestam o ambiente
As pessoas afectadas
Fogem logo dessa gente

IV
Completamente insensíveis 
Ao mal-estar que a outros dão
Fazem todos os possíveis 
Por ignorar a situação

V
A restrição de fumar
Que a legislação concebe
Devia ainda englobar
Esplanadas de come e bebe 

VI
O cocktail de alto teor
Que o cigarro contém
Arruma o fumador
Não o deixa acabar bem

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Papagaios do futebol



I
Não é a primeira vez
Que é abordado este assunto
Papagaios por sua vez
Não o varrem do bestunto

II
Defendem a sua dama
E ofuscam os rivais
Sai o que lhes dá na gana
Tudo menos imparciais

III
Fazem previsões apressadas
Do desfecho das partidas
Vão metendo argoladas 
Que depois são engolidas

IV
Biografias dos jogadores
Clubes por onde passaram
A sua idade e valores
Ainda os golos que marcaram

V
Uma correcta oratória
Só na Sport TV
Sem papagaios de memória
Eles sabem lá porquê

VI
Palradores a sua acção
E insuportável ronrom
Na rádio e televisão
Resta só cortar o som

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Mais passos para trás



I
Quatro anos de trapaça
Continuamente a extorquir
Despoletou a desgraça
E ainda teima insistir

II
Já na última campanha
Que o guindou ao poder
Mentiras e muita manha
Dão hoje para entender

III
Diz agora peremptório
Que mais cortes podem vir
Mas acrescenta, finório
P'ra quem vier a seguir

IV
Em termos de exclusão
Os passos não vão parar
A esta fraca imitação
De Oliveira Salazar 

domingo, 26 de julho de 2015

Sem anilha e sem xadrez



I
Após um ano volvido
É detido por encanto
Um cromo bem conhecido
Do grupo Espírito Santo

II
O juiz determinou
Rédea curta a Salgado
Cascais agora ficou
De polícia desfalcado

III
Detido na sua mansão
O banqueiro afortunado
Com piscina e tudo à mão
Goza férias regalado

IV
O dinheiro resolve tudo
É como o sol que brilha
Fugazmente recluso
Com conforto e sem anilha

Cavaco e a data das eleições



I
O discurso do Presidente
Quanto à data das eleições
Descambou erradamente
Para mais coligações

II
Era suposto anunciar
O que tarda há alguns meses
E porventura apelar
Ao voto dos portugueses

III
Sem uma posição isenta
Imprópria e lamentável
Qualquer audição atenta
Considera-a reprovável

IV
A abrangência esteve ausente
No seu discurso sabido
Mais pareceu o presidente
Do seu já gasto partido

terça-feira, 14 de julho de 2015

Sondagens?



I
Sondagens, não agradaram
Por coincidência? Talvez
No Vara logo pegaram
P'ra muleta do Marquês

II
Estamos num ponto crítico
A vida está infernal
Péssimo o poder político
E lento o judicial

III
Se após nova sondagem
Algo idêntico ocorrer
Está afinada a engrenagem
O que é fácil de entender

IV
De venais muito se disse
É também de perguntar
Sobre passos e o seu Vice
Não há nada a investigar?

V
Na derradeira sondagem
O povo será o juiz
Se virar a engrenagem
Mete o poder nos carris

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Os nossos sub 21


I
No futebol português
Existem muitos valores
Sub vinte e um, por sua vez
Tem os melhores jogadores

II
Excelentes resultados
E inédita façanha
Prega cinco bem puxados
Sem resposta da Alemanha

III
Perante tal desempenho
Desta nóvel formação
Que o engenheiro tenha engenho
Em alterar a selecção

IV
Com Ronaldo e os campeões
Uma outra equipa forje
Não fazendo alterações
Entregue o cargo a Rui Jorge

V
Excelentes qualidades 
Nulo com o "team" sueco
Nas grandes penalidades
Deixou fugir o caneco

domingo, 28 de junho de 2015

Os verbos de Passos Coelho



I
O seu discurso e postura
E tom de voz maviosa
Compara-se à diabrura
Dos espinhos junto à rosa

II
Eliminar e reduzir
Tributar e mais taxar
Saem em vez de produzir
Privatizar e poupar

III
Lengalenga sempre igual
Em pouco ou nada varia
Se omitisse o recital
Era o melhor que faria

IV
Seu verbo de estimação
Que ao topo do "ranking" sobe
Dito e feito até mais não
É CORTAR o mais que pode

Direito ou torto?



I
Para o comum dos mortais
O Direito é um peso morto
Mas há casos anormais
Que passam a ideia de torto

II
No caso Espírito Santo
Há lesados que estão à vista
Os culpados no entanto
Vão-lhes baralhando a pista

III
Sócrates sem culpa formada
Continua em reclusão
Decerto há gente interessada
Nesta estranha prisão

IV
Perante casos autênticos
Extraem-se as conclusões
Investigados os cêntimos
Descurados os milhões

terça-feira, 23 de junho de 2015

A União faz a força



I
A União Europeia
Comete um erro fatal
Ao tirar um grão de areia
Da engrenagem principal

II
Logo outros aparecerão
Na reacção em cadeia
E era uma vez a União
Como a praia sem areia

III
Não deixem que a Grécia torça
Mas siga em frente coesa
A União faz a força
Desunir gera fraqueza

IV
Não deve ser condenada
Pelo sistema europeu
Muito menos expurgada
Por defender o que é seu

V
Peritos em economia
E cérebros da União
Reúnem sabedoria
Para achar a solução

sábado, 6 de junho de 2015

Limpando e andando



I
Com cofres cheios como um ovo
O objectivo está à vista
Minar o alívio do povo
Do projecto socialista

II
Não há ainda a certeza
Se é uma nova barretada
Mas nunca com a grandeza
Da que temos enfiada

III
Além do incrível barrete
Que altera o discernimento
Há um apertado colete
Que impede o crescimento


IV
Para a vida melhorar
Aqui vai uma receita
Ponha a cruz onde gostar
Mas nunca nesta direita

V
Especialistas na vendagem
Das nossas melhores empresas
Antes de seguirem viagem
Tratam das suas limpezas