quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O país a 4 tempos



I
Tempo atmosférico instável
Altera no mesmo dia
Do calor insuportável
Passa a forte ventania

II
A atmosfera política
Varia a toda a hora
Não aceita qualquer crítica
Tarda muito em ir embora

III
Nos bancos uma desgraça
Estão no tempo de sacar
O povo não acha graça
Pois o costume é pagar

IV
Até o tempo cronológico
Que, imparável, avança
Contraria o que era lógico
Não gera a mínima esperança

V
Tal como numa viatura
Só há um tempo motor
Os outros, uma doçura
Quem move, é o trabalhador

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ajudemos os banqueiros



I
Reformados mas solidários
Passam uns cheques em branco
Pode ser necessário
Ajudar qualquer banco

II
Sustentamos esta gente
Que vai caindo a fio
Surge agora outro doente
Que surpresa! O Montepio

III
Banqueiro que caia na malha
Apenas cessa a função
Por maior que seja a falha
Está isento de prisão

IV
Epidemia geral
Qual ébola do desmazelo
Se não curam este mal
Cortam-nos couro e cabelo

sábado, 16 de agosto de 2014

Inactivos, chegou a hora


I
O Executivo ataca os fracos,
Reformados e pensionistas
Transforma tudo em cavacos
É um elenco d'artistas

II
Firmemente determinado
Em o povo empobrecer
Muito pouco contestado
Age quase sem poder

III
Somente quem o refreia
É o justo Tribunal
Mas logo urde nova teia
P'ra extorquir o capital

IV
Ainda a pior desgraça
Que não faz qualquer sentido
É não haver nesta praça
Alguém que brade: Demitido!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

BES / Novo Banco


I
Nossos «cérebros superiores»
Têm os casos decididos
O BES como os anteriores
Passa ao rol dos esquecidos

II
Muito bem elaborado
A factura vem depois
Apenas houve o cuidado
De trocar o nome aos bois

III
Logo que o quinto rebente
E ao porto franco rume
Aí os rombos dessa gente
São pagos p'los do costume