terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fundação e refundação


I
El-Rei D. Afonso Henriques
Diria com destemor
«O povo não sacrifiques
armado em refundador»
II
Em jornada parlamentar
O Primeiro-Ministro informa
Que não é possível adiar
Uma profunda reforma
III
Radical transformação
Ficou ali decidido
Fazer uma refundação
Já com o povo refundido

Viragem a 180 graus


I
Oito séculos tem Portugal
Agora muito abalado
As coisas correm tão mal
Que já está colonizado
II
Vendem empresas e jornal
E tudo o que lhes dá na tola
Aos senhores do capital
Onde pontifica Angola
III
Cada vez mais decadentes
Com gestão de estrangeirados
E ainda dirigentes
Com Luanda conotados 
IV
É uma vinganca atroz
Que gera preocupações
O que irá ser de nós
Com ex-súbditos em patrões?

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O poder, o € e o povo



I
Para cumprir o acordo
Com a Troika estabelecido
Não toca em nenhum "gordo"
Ficou logo decidido
II
No confisco programado
Classe média a preferida
Decididamente apostado
A dar-lhe cabo da vida
III
Ataca os desempregados
(sem o mínimo de receio)
Pobres, doentes, reformados...
Vai-lhes dando forte e feio

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Leões sem juba


I
O Sporting no passado
Ganhou imensos troféus
Hoje está tão destroçado
Que é de bradar aos céus
II
Cilindrou bons treinadores
Sá Pinto, Domingos, Paulo Bento...
Os actuais jogadores
Queimou-os em fogo lento
III
No final virá a festa
Um prémio de consolação
A última esperança que resta:
Não baixar de divisão

sábado, 20 de outubro de 2012

Executivo/FMI



O FMI afirmou
Que austeridade em excesso
Causaria um retrocesso
Mas depressa recuou
Afirma agora o contrário
Lembra o conto do vigário
Que a velhinha embarretou

Com políticas ultra duras
Já inscritas no papel
Vão arrancar-nos a pele
E não tocam nas gorduras
Tais perversas medidas
Dão cabo das nossas vidas
E das gerações futuras

Seus esquemas desajustados
Em constante mutação
Geram enorme contestação
Que os mantêm confinados
Na rua; só a correr!
E o melhor que podem ter
É serem só apupados

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Equipas à rasca



I
Muito pouca habilidade
Sem o mínimo de astúcia
Faltou-lhes a qualidade
No embate com a Rússia
II
Depois com a Irlanda do Norte
Arrastaram-se de gatas
Mas num só golpe de sorte
Lá viraram a empatas
III
Futebol em mau momento
Está tudo a descambar
Pior que a do Paulo Bento
Só a equipa do Gaspar

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Requiem anunciado


I
Temos a medalha de prata
Segundo o ranking mundial
Do imposto que maltrata
O cidadão nacional
II
Medalhados os governantes
Que se aproximam do fim
Com declarações aberrantes
Que «já não eram bem assim»
III
Seu lema é o deve e haver
No dinheiro de olhos postos
Do povo não querem saber
São só pagadores de impostos
IV
Executivo incompetente
Obtuso, sem qualquer táctica
Tão senil e decadente
Que já está ligado à máquina
V
Até os grandes amigos
Já não lhe dão seu aval
E estão mesmo decididos
A fazer-lhe o funeral

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Os aumentos dos impostos




De grande a enorme aumento
É chegado o momento
De perguntar ao fisco
E ao Constitucional
Se é tributação ou confisco.
É um esbulho anormal
Que não pára por aqui
Nossas vidas estão em risco
Com o metralhar fatal
A disparar pelo IMI.
As casas foram compradas
Aos soluços muitos meses
Com o empréstimo do banco
A taxas muito elevadas
Paga-se assim duas vezes. 

sábado, 6 de outubro de 2012

República ao contrário


No dia da Implantação
A sua bandeira foi içada
Não é justo que a Nação
Veja a mesma revirada

O desemprego


I
Ainda no século passado
Trabalhavam os animais
Nora, charrua, arado
Transportes e muito mais
II
Vieram bombas e tractores
Automóveis, um sossego!
Bois e burros, ex-motores
Caíram no desemprego
III
No auge da tecnologia
Vem o "robot" inteligente

Computadores, uma alegria!

Trabalham com pouca gente
IV
O tubarão é casmurro
Não muda, obstinado
E o homem tal como o burro
Igualmente desempregado

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O Exterminador de TSUbsídios, etc


I
Há falta de capital 
P'ra nutrir os agiotas
Suga a teta habitual
Que tem engordado os jotas
II
É uma saque delirante
Que augura uma tragédia
Esta extorsão galopante
Acaba com a classe média
III
Dispõe dum ponta de lança
Hábil, Borges é seu nome
Cujas ideias avança
P'ra matar o povo de fome