quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O melhor peixe do mundo


I
No Algarve o mar oferece
Variedade de peixes mil
Se lhe apetecer comece
Com arroz de tamboril
II
Há pratos regionais
A que estamos habituados
Comer e chorar por mais
Bons carapaus alimados
III
Ao almoço depois da praia
Sabe bem a caldeirada
Pode ser que também saia
A fresca sardinha assada
IV
Bifes de atum ou espadarte
Robalo ou talvez marisco
Preparado com muita arte
P'ra sair um bom petisco
V
Comi nos cinco continentes
Peixe de superfície e fundo
No nosso Algarve, excelente!
Há o melhor peixe do mundo

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Os crónicos fogos florestais


I
Muitos fogos no arvoredo
São de origem criminosa
Actuar forte e sem medo
Contra a praga mafiosa
II
O equipamento contra incêndios
Tem um preço elevado
Aéreos, carros..., que dispêndio!
Estão na mira dos mercados
III
Há guarda-costas a mais
P'ra certos politiqueiros
Criem guardas florestais
P'ra defesa dos pinheiros
IV
Apostar na prevenção
Desmatando a floresta
Sistemas de detecção
É a solução que resta

sábado, 24 de agosto de 2013

Festival do perceve, Algarve

[Perceves, pollicipes pollicipes]

I
O festival do perceve
É de raiz popular
No qual se come e bebe
Marisco que sabe a mar

II
Para ser concretizado
Sofrem alguns amargores
Em seu trabalho arriscado
Os hábeis mariscadores

III
Quando em rochas escarpadas
Não podem falhar os pés 
Em descidas complicadas
De acordo com as marés

IV
São sacados dos rochedos
Num labor de alto risco
Cozinhados sem segredos
Comem-se em Vila do Bispo

Rumo ao passado


I
O abandono do país
Por jovens licenciados
É um recurso infeliz
Torna-nos mais atrasados
II
P'ra quem fica, a solução
É no turismo investir
Andar de bandeja na mão
E os estrangeiros servir
III
O regresso à agricultura
Sem meios sofisticados
Bois, enxadas, vida dura
Como em tempos recuados
IV
Na aldeia ou na cidade
Gestos antigos e nobres
A piedosa caridade
E a velha sopa dos pobres
V
Nosso recuo global
Que muito poucos comove
Trará a Europa central
P'ra ver o século dezanove
VI
E gostarão com certeza
De reviver entre nós
O passado e a rudeza
Da vida dos seus avós

domingo, 18 de agosto de 2013

Ecos do Pontal


I
A rentrée do PSD
Foi este ano a céu aberto
Monótona para quem a lê
Pior segui-la de perto
II
Presentes altas figuras
E a Ministra das Finanças 
Que se guindou às alturas
E é nova nestas andanças
III
Eufórico o Primeiro Ministro
Com o PIB a subir
Mas o futuro é sinistro
Se a economia cair
IV
Matemática, ciência exacta
Não descalça esta bota
Inútil ter muita lata
Impossível a batota

Portugal-Holanda
No Algarve uns dias antes
A um encontro a feijões
Foram trinta mil pagantes
Ques esgotaram os cadeirões


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Do Algarve a Lisboa e volta


I
Há muito tempo não fazia
Viagem ao Sul agradável
De comboio na nova via
Transporte recomendável
II
Não há filas nem portagens
Cumpreo horário com rigor
Poucas e curtas paragens
Sem ruído de motor
III
Equipado com um bar
Que serve na perfeição
P'ra aquecer ou refrescar
Conforme a disposição
IV
Há apenas um senão
De Tunes para um dos lados
Muda de composição
Quem segue o ramal de Lagos
V
O Barlavento merecia
A linha electrificada
Decerto resultaria
Haver mais gente interessada

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cortes nas pensões


I
Desta vez os veteranos
Bafejados pela sorte
Por terem mais de 100 anos
Ficam isentos do corte
II
É um Governo intratável
Que torna o povo infeliz
E o Ministro irrevogável
Sobre o assunto nada diz
III
A aplicação da medida
É pura barbaridade
O tribunal que decida
Se é roubo à propriedade

sábado, 3 de agosto de 2013

Querido mês de Agosto


I
Sobre a senhora Ministra
Não há nada a apontar
Se o Venerando acredita
Não vamos nós duvidar
II
O país a desenvolver
Com a dívida a baixar
Exportações a crescer
Agora é que isto vai dar
III
Idosos em boa forma
Já nem sentem a idade
Com a choruda reforma
É plena a felicidade
IV
O dia a dia em sossego
Não se ouve qualquer vaia
O pessoal sem emprego
Trabalha p'ró bronze na praia
V
Vamos chegar à abastança
Numa estável situação
Regressou a confiança
Com a bendita moção