segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Turismo nas Ilhas

                I
A ida às ilhas em passeio
Com comitiva alargada
Mais um pouco de paleio
Não nos vai resolver nada
               II
Já outro veraneante
Não esteve assim tão mal
Apelou ao emigrante
P'ra investir em Portugal
              III
Não esbanjem em grandes festas
Há indústrias descuradas
Agricultura e pescas
Estão subaproveitadas
               IV
P'rá miséria erradicar
Só há uma solução
O povo a trabalhar
E aumentar a produção

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O despertar do leão

                I
O balneário dos Leões
É uma torre de Babel
Onde há muitas confusões
P`ra entender o plantel
             II
A estes novos leoninos
Há que incutir competência
Reviver os violinos
Com a batuta do Paciência

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A bagunça continua

              I
Caminhamos pró abismo
Temos buracos a mais
Derrubámos o fascismo
Instalaram-se os venais
             II
Surgem aves de rapina
Que nos seus voos rasantes
Provocam uma chacina
Faz lembrar os governantes
            III
Construir um país novo
Não se vislumbra maneira
Enquanto burlam o povo
Com BPN e Madeira

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Primeira jornada da Liga Europa

I
No campeonato europeu
A presença portuguesa
Muito conforto nos deu
Com o seu arranque em beleza
II
Teve jogadas incríveis
Sem sofrer qualquer revés
Em doze pontos possíveis
Conseguiu alcançar dez
III
Anda o povo atrapalhado
Metido na embrulhada
Receituário indicado:
Pontapé e cabeçada

Ref: Público

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Privatizações em série

I
Para podermos viver
A água é essencial
É difícil conceber
A sua entrega ao capital
II
Dádivas da natureza
Para que viver possamos
Virá um imposto surpresa
Sobre o ar que respiramos
III
A saúde e a educação
Nos privados qualquer dia
Produzem um apagão
Que ofusca a democracia

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Combate ao Desemprego

I
Diz o povo e tem razão
Que o reforço policial
Nas zonas sem protecção
É de importância vital

II
É detido um delinquente
Em actividade anormal
É de imediato presente
Ao devido tribunal

III
Mas sai logo em liberdade
Por suposta inocência
Com termo de identidade
E também de residência

IV
Depois desta decisão
Seu hobby vai retomar
Regressando à profissão
Pró desemprego baixar

domingo, 11 de setembro de 2011

Premonição Futebolística

I
A primeira liga em Portugal
É um autêntico bródio
Logo na fase inicial
Há duas equipas no pódio

II
Um vice muito esforçado
O campeão costumeiro
O resto está destinado
A disputar o terceiro

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Timoneiro precisa-se

            I
Precisamos com urgência
De políticos de verdade
Que além da competência
Irradiem seriedade
           II
Será pois necessário
Surgir gente de saber
Fora do espectro partidário
E do arco do poder
          III
Estamos de mãos atadas
Metidos num par de botas
Quem não vai resolver nada
São os meninos das jotas

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Criatividade anti-crise

I
Vai a classe média baixa
Gozar férias com sucesso
Mas o dinheiro em caixa
Já não chega p´ró regresso

II
Partem do Algarve no carro
Para um trajecto longo e duro
Simulam uma avaria
E recorrem ao seguro

III
O carro vai rebocado
Um táxi leva-os ao lar
Vai tudo refastelado
Sem um cêntimo gastar

IV
É uma proeza de artista
Em rigorosos apuros
Enganar a especialista
Companhia de Seguros

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Efeitos da crise

                   I
Os combustíveis aumentaram
O trânsito reduziu mais
Deste modo se evitaram
Tantos desastres mortais
                  II
Para a praia desfrutar
Levam água e mantimentos
Já não se enfrascam no bar
E há menos afogamentos
                 III
Acabaram os medicamentos
Para os velhos sem dinheiro
Que entre dores e lamentos
Vão depressa para o galheiro

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Impostos para os ricos

I
Património, jóias, rendas
Capital bens ao luar:
Montes, mansões e vivendas
Quem pode isto controlar?

II
Eis aqui a solução
Que o último verso resume
Não entrem na confusão
Pagam os mesmos do costume