Natal e Ano Novo felizes

I

Ressurge a Natalidade

Com o ruir da depressão

Num misto de felicidade

Explode a rosa do botão

II

Para todos felicidades

Um Natal doce e fagueiro

Tal como a Maternidade

Que perdure o ano inteiro

III

A Gestão trilha os caminhos

Para um Feliz Ano Novo

Sem abraços nem beijinhos

Porém, melhora a vida ao povo

Rui má Vitória

I

Na Champions foi um fracasso

Só derrotas; é demais

Afirmou sem embaraço

Queremos títulos nacionais

II

Depois de eliminado da taça

Pelo Rio Ave; que chato!..

Diz que a águia esvoaça

P'ra ganhar o campeonato

III

E se ao penta não chegar?

Volve logo com requinte:

"Já nos estamos a preparar

Para a época seguinte!"

IV

Adeptos e simpatizantes

Olham com estupefacção

E há apelos sonantes

P'rá queda da direcção

O estrebuchar da direita

I 

A direita agora diz 

Que a melhoria do país 

Se deve ao governo anterior 

Aos cortes e privatizações 

Transportes e concessões 

E dos barões servidor 

II 

Um rosário de desatinos 

Formadores e submarinos 

E outras piruetas mais 

Limpem a vossa coutada 

Ao eleitor não dizem nada 

Os políticos venais 

III 

É preciso ter pouco senso 

E falta de pudor imenso 

Para deturpar o real 

Esmagaram trabalhadores 

Além da troika predadores 

“Tudo a bem de Portugal"

IV

Direita sem rumo nem norte 

Aquilo que nos gamaram 

Tal era a sanha do corte 

Que nem feriados escaparam

Benfica fora das competições europeias

I 

Despede-se assim o Benfica 

Da Champions, sem um aceno 

Exausto e sem genica 

Será que vai fazer o pleno? 

II 

Cinco jogos, cinco derrotas 

É uma dose cavalar 

Não dá para arrumar as botas 

Mas dá muito que pensar 

III 

A venda de jogadores 

Todos de boa memória 

Causa amargos dissabores 

Nem apenas uma vitória 

IV 

Uma taça de vencidos 

P’rá galeria de troféus 

Se forem seis jogos perdidos 

Adeptos bradam aos céus

Incêndios florestais. Auto-inflamação? Jamais!..

I

Com tantos peritos "sabedores"

E ao real ponto não chegarem

Urge a emissão de vapores

E algo mais p'ra se inflamarem

II

As temperaturas registadas

Longe do ponto cimeiro

P'ra ver as matas ateadas

Precisa um fósforo ou isqueiro

III

Iniciada a combustão

Tudo se torna mais lesto

O calor dá um empurrão

E o vento trata do resto

IV

Poupem os soldados da paz

Meios aéreos, um dinheirão

Mais barato e eficaz

É investir na prevenção

Cofres cheios

I 

O Benfica está embrulhado

Em onze pares de botas

Na Champions já despachado

Quatro jogos, só derrotas!..

II

O nosso tetracampeão

Assim degrada a imagem

Com adversário durão

E outro tipo de arbitragem

III

Venderam as jóias da coroa

Desfalcados os esteios

A equipa não está boa

Mas estão os cofres cheios

A libertação da Catalunha

I

Os portugueses contrários

À Catalunha independente

Fazem lembrar os falsários

Servindo um reino diferente

II

Em mil seiscentos e quarenta

Os heróicos lusitanos

Após décadas de tormenta

Varreram os castelhanos

III

Acontece desta vez

Com o povo catalão

Tal como o português

Anseia a libertação

IV

Quem não aprova e comenta

Se regressasse ao passado

Decerto não estava ao lado

Da Restauração em quarenta 

O populismo de Assunção Cristas

I

Incêndios, um grande horror

Floresta e gente queimada

A ex-Ministra do sector

Sai bastante chamuscada

II

A Doutora Assunção Cristas

Foi Ministra da Agricultura

Quis agora dar nas vistas

Com uma moção de censura

III

Recebeu o cargo melhor

Do que aquele que entregou

Defraudado, muito pior

Mas mesmo assim protestou

IV

O resultado da moção

Decerto não leva a nada

Pelos incêndios de Verão

É ela a primeira culpada

V

Fica pois demonstrado

Que a Doutora Assunção Cristas

Tem o cérebro encharcado

De ideias populistas

Incêndios, berrarias e afectos

I

A direita enviesada

Agora bem apoiada

Pelo actual Presidente

Barafusta e obra a posta

Contra o Governo de Costa

Inflamada e incompetente

II

Só lhes falta acusar

Costa de não controlar

As alterações climáticas

Repetem o mesmo tema

Não alteram o seu esquema

De berrarias lunáticas

III

Os afectos e carinhos

Mais abraços e beijinhos

Lembram o velho Melhoral

Podem dar-se às centenas

Perante macabras cenas

Mas não fazem bem nem mal

Portugal 2-0 Suíça

I

A Suíça à partida

Soma e segue sempre a ganhar

Mas no final da corrida

Acabou por se estampar

II

Foi um encontro decisivo

Disputado com argúcia

Portugal passou o crivo

Para o Mundial na Rússia

Andorra 0-2 Portugal

I

Primeira parte

Ineficácia muito chata

Abuso de passes laterais

O ataque não remata

Arre porra que é demais

II

Segunda parte

Vem o capitão, com certeza

Sai-lhe o golo dos pés.

Equipa ideal portuguesa

Sempre Ronaldo e mais dez

Referendo na Catalunha

I

Referendo saudável teste 

Em que Madrid se desmarca

Aqui relembro Timor Leste

Por ele livre de Jacarta

II

Funciona como bandeira

Que a democracia empunha

E Rajoy comete a asneira

De o negar à Catalunha

III

Manda polícias, faz prisões

Ameaças em cascata

Caça boletins p'rás votações 

Mas que grande "democrata"!.. 

Combate ao "lixo"

I

O bicho anda baralhado

Já não diz coisa com cousa

Se não quiser ser esfolado

Meta-se na sua lousa

II

Saneado o pantanal

E descartado o bicho

Limpo fica Portugal

Sem produção de mais "lixo"

III

Muito já foi conseguido

Pela gestão actual

Impossível ter varrido

Todo o herdado chavascal 

Incendiário é terrorista

I

Ardeu mais em Portugal

Que em toda a União Europeia

A nossa zona florestal

De criminosos está cheia

II

Não está esclarecido

Se actuam isolados

Ou se estão envolvidos

Em esquemas organizados

III

Ignora-se o que motiva

Este crime frequente

P'ra baixar a zona ardida

Agravem a lei vigente

IV

Incendiário florestal!

Há que ter muita cautela

Merece tratamento igual

A terrorista que atropela

O desaire gera o engenho

I

Em mil setecentos e cinquenta e cinco

O grande Marquês de Pombal

Reconstrói com afinco

A devastada capital

II

Durante a Guerra Mundial

Os beligerantes ruíram;

Num esforço magistral

Foram os que mais progrediram

III

Está escrito nos compêndios

Que à desgraça segue a festa

Depois de tantos incêndios 

Vem o controlo da floresta  

Não ao nuclear

Relembram a Rússia e China

Todos os cuidados são poucos

(Nagasaki e Hiroshima)

Kim e Trump são dois loucos

Holanda 4-2 Dinamarca

I

O campeonato europeu

Disputado na plenitude

Magnífica lição nos deu

De desporto e atitude

II

Correcção em toda a linha

Uma inédita imagem

Toda a jogada limpinha

Tornou fácil a arbitragem

III

Só uma equipa campeã

Das dezasseis que entraram

No final deste afã

O desporto todas honraram

IV

O torneio feminino

Com brilhante futebol

Ao invés do masculino

Diminuto coicebol

V

Dinamarca na final

Nas meias foi a britânica

A campeã funcional 

É a Laranja Mecânica

Robôs roubam empregos

I

Chegam os robôs, que alegria!

(Trabalhadores vão pelo cano)

Pois laboram noite e dia

Doze meses em cada ano

II

Trabalho é a sua função

Não há greves, tudo normal

Servem apenas o patrão

Ignoram a vida sindical

III

Há que taxar tais fulanos

Com impostos ultra-pesados

Que compensem os humanos

Que ficam desempregados

IV

A alta tecnologia

Afecta milhões de pessoas

Com tão nefasta razia

Não se auguram coisas boas

Fogo e assalto

I

Os políticos ressabiados 

Que poluem a nossa praça 

Negativos, mal formados 

São amantes da desgraça 

II 

Esta inapta oposição 

Para o mal de olho aberto 

Condena e dá solução 

Seu dueto chico-esperto

III

Arredados do poder 

Por um governo dinâmico 

Sem ideias e saber 

Anseiam algo satânico 

IV 

Por mais competente que seja 

O governo em funções 

Não é fácil que anteveja 

Assaltos e combustões

Ainda os incêndios: siga a Marinha!..

I

Os fuzileiros navais

Foram para a zona ardida

Com equipamentos vitais

Para a manutenção da vida

II

Psicólogos e enfermeiros

Médicos e serviços gerais

Alimentos e cozinheiros

Viaturas e algo mais

III

Num navio o pior sinistro

Não dá especial garante

Correm todos o mesmo risco

Do grumete ao comandante

IV

Exemplo para os países

Gente de boa vontade

Ajudem os infelizes

Haja solidariedade

Suicídios por encomenda

I

Sem a protecção devida

Na zona carbonizada

Arriscou a própria vida

Com tremenda argolada

II

Descuidado, pouco atento

Foi largar mais umas postas

Frente ao fogo e contra o vento

Em vez de o ter pelas costas

III

No rescaldo, claudicou

Após a tragédia ocorrida

Pelos passos que falhou

Só mesmo dum suicida

IV

Suicídios por encomenda

Na zona de Pedrógão Grande

Mais uma tosca emenda

Remédio é que desande

Os jornalistas que temos

I

A actividade dos jornalistas

Gera grande confusão

Baralham todas as pistas

Com falta de exactidão

II

Nos fogos de Pedrógão Grande

Jornalista não há quem trave

Imagina e expande

Queda duma aeronave

III

Sobre o corte da estrada

Na zona calamitosa

Lá vem nova baralhada

No discurso e na prosa

IV

Distorcer a realidade

É um processo evidente

A bem de que entidade?

Do povo não certamente

V

Jornalista sem interesse

Que enxameia Portugal

Melhor era converter-se

Num bom guarda florestal 

UK and USA

I

Reino Unido e Estados Unidos

Países de imensa grandeza

Estão hoje diminuídos

As forças viram fraqueza

II

Nos States o Presidente

É natural que se estampe

Eleito por acidente

O patrão Donald Trump

III

O Reino Unido descamba

Tal como um fora da lei

Após a eleição; desanda

Good-bye Theresa May

IV

Nestas nações poderosas

Reina agora a inverteza

Pelas falhas clamorosas

De Donald e de Theresa

Delação premiada!..

I

A delação premiada

Não dá bem para entender

A investigação respaldada

E a escumalha a resolver

II

Investigar é o lema

Do agente cumpridor

A delação é um esquema

Mui rasteiro, sem valor

III

Imita a trapalhada

No período da ditaduta

Onde a PIDE era informada

Pelos BUFOS da altura

Dobradinha muito bonita

I

Não é somente o Benfica

Que vence a Liga e a Tacinha

O Sporting não abdica

Faz também a dobradinha

II

Muito mais interessante

A vitória das leoas

Jogo belo, empolgante

Duma equipa só de boas

Estreia do vídeo-árbitro Benfica -V. Guimarães

I 

O treinador do Benfica 

Concorda com a video-arbitragem 

Diz que ainda não justifica 

Mas que estranha mensagem 

II 

Final Benfica -Vitória 

Video-árbitro nunca falha 

Uma estreia em glória 

Onde o futebol só ganha 

III 

Espera-se a casa cheia 

E um domingo pleno de sol 

A video-arbitragem estreia

Dignifica o futebol

Défice inferior a 3%

Reconhecimento 

A Comissão Europeia 

Reconhece o progresso 

Da reacção em cadeia 

No Portugal do sucesso

Eficiência 

O Executivo está feliz 

Com seu labor decisivo 

Que faz sair o país 

Do seu défice excessivo 

Espertinho 

Quem pôs no caos o país 

Com inúmeros cortes brutos 

Considera-se a raiz 

De quem hoje colhe os frutos

Eventos do 13 de Maio

I 

O Papa veio a Portugal 

Espalhou amor e carinhos 

Após cem anos do sinal 

Canoniza os pastorinhos 

II 

A equipa do Benfica 

Conseguiu fazer o tetra 

Formação ultra-rica 

De estrangeiros e etc. 

III 

Em Kiev Salvador 

Um orgulho Nacional 

Excelente músico e cantor 

Ganha o Euro-Festival

Video-árbitro vai chegar

 

I 

Futebol não é mar de rosas 

Nem mesmo jardim com flores 

Mas há pessoas famosas 

Entre adeptos e jogadores 

II 

Atitude de louvar 

Uso de vídeo-arbitragem 

Que decerto vai sanar 

Defeitos na engrenagem 

III 

O vídeo-árbitro portanto 

É uma medida acertada 

Corrige o juiz de campo 

Em caso de asneirada 

IV 

Postos de trabalho ruiram 

É o robot que os engole 

Ainda não deglutiram 

Os árbitros do futebol

Eleições em França

 I

As situações actuais 

Geram gritos de revolta 

Partidos tradicionais 

Não vão à segunda volta 

II 

Macron ganha a eleição 

E a Presidência assume 

Dá assim uma lição 

Aos partidos do costume 

III 

Acontece hoje em França 

Amanhã em Portugal 

Qualquer país não avança 

Sem competência e moral