segunda-feira, 29 de julho de 2013

Remodelar para pior


I
Este elenco remodelado
Já com um cheiro a bolor
Precisa ser alterado
É pior que o anterior
II
Os negócios estrangeiros
Nas mãos do Dr. Machete
Que nos negócios caseiros
Nos enfiou o barrete
III
Nesta troca e baldroca
O objectivo final
Que o Primeiro Ministro enfoca
É a "união nacional"
IV
Faz lembrar um submarino
Com um rombo no costado
O imediato em desatino
Mete água por todo o lado
V
Liberdade e democracia
Nem uma ténue miragem
Ávido, tudo esvazia
O capitalismo selvagem

domingo, 21 de julho de 2013

Passarinhos e passarões


I
O Governo é contestado
Pelo vulgar cidadão
O seu núcleo é formado
Por aves de arribação

II
É o executivo que temos
Aturá-lo é nossa sina
Sua acção pelo que vemos
Lembra aves de rapina

III
Falhou toda a passarada
Expiraram, estão defuntas
Agora ressuscitadas
Insistem em voar juntas

IV
O PR é um passarão
Pé ligeiro e olho vivo
Com a sua hábil mão
Cagarra o executivo

sábado, 20 de julho de 2013

Desacordo


I
Na actual situação
Não se augura bom futuro
Após a orientação
De um líder pouco seguro
II
Os outros dois passarões
Prepararam a gaiola
Não resistiu às pressões
Bateu asas, deu à sola
III
Daquilo que se vislumbra
Depois desta salgalhada
Vamos sair da penumbra
P'rá longa noite cerrada 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O imbróglio e as cagarras


I
Há ministros eficazes
Na actual governação
Aqueles mais incapazes
Vão levar um empurrão
II
Alguns já saltaram fora
Por motivos variados
Devem seleccionar agora
Outros mais qualificados
III
Mais nível de competência
Um elenco menos grosseiro
P'ra suprir qualquer carência
Duarte Costa Loureiro
IV
Com areia nas engrenagens
O Presidente larga amarras
E ruma para as Selvagens
P'ra se inspirar nas cagarras

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Democracia refinada


I
Os métodos do Presidente
Devem ser analisados
Mas parece evidente
Que baralharam os dados

II
A situação encravada
Com dois galos na capoeira
Passou a pior que estragada
Com a raposa matreira

III
Para resolver os assuntos
Apenas quatro "iluminados"
Eleitores, são uns bestuntos
Só podem ficar calados


terça-feira, 9 de julho de 2013

Arbiru


I
O Arbiru navio misto
Construído em Viana
Teve um final sinistro
Sem deixar rasto nem fama

II
Um dia depois de largar
Da sua base em Timor
Deixou de comunicar
Próximo da ilha de Alor

III
Cruzei os mares do Pacífico
Com o grosso dos tripulantes
Em mar calmo, magnífico
Sem quaisquer ondas gigantes

IV
Em concreto foi afundado
Como? Difícil de imaginar
Pirataria, tornado,
Ou avaria invulgar?

V
Passei dos piores bocados
Sem notícias convincentes
Paz à alma dos naufragados  
Portugueses e Timorenses


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Temperaturas escaldantes


I
Cumpra com rigor o conselho
Sobre o calor elevado
Vai de laranja a vermelho
Como um governo estragado
II
Cuidado com as radiações
E seus efeitos nefastos
Como ministros trapalhões
Põem o cidadão de rastos
III
Se a situação se agravar
Irá tudo p'ró maneta
Com a bomba nuclear
E raios ultravioleta

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Requiem


I
Estranha tomada de posse
Da ministra das finanças
Que rendeu o "big boss"
Para evitar as mudanças

II
A cerimónia uma tristeza
Acto inútil e ilusório
Se houvesse uma vela acesa
Seria mesmo um velório

III
Defendeu-se a teoria
Nossa velha conhecida
Antes ministra um dia
Que adjunta toda a vida