terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Canto da sereia


I
O cerco está montado
Ao partido socialista
Devidamente gizado
Por hábil especialista

II
Duvidoso o resultado
Se se deixar enredar 
Passará um mau bocado
E sem nada para ganhar

III
O bom trabalho anterior
Que a estatística revela
É um claro indicador
Para não cair na esparrela

IV 
A direita habilidosa
Especialista em golpes baixos
Só tenta murchar a rosa
E voltar aos velhos tachos

V
Tramado ficará o povo
Se griparem as engrenagens
Terá que arcar de novo
Com os seus cortes selvagens 

domingo, 21 de janeiro de 2018

O alojamento local e os asnos


I
O turismo lusitano
Lembra um potente motor
Que funciona todo o ano
Sem velas e injector

II
No espaço nacional
Alimenta muita boca
Com o alojamento local
Avança de vento em popa

III
Mas ainda há aves raras
Amantes do retrocesso
Que na sombra ou às claras
Tentam minar o processo

IV
É seguro que a gestão
Não trava a actividade
Fazê-lo era um empurrão
Próprio de mediocridade

V
Seria deveras ingrato
P'ra quem restaurou seus prédios
Investir foi o seu acto
P'ra burros não há remédio!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Santana Lopes


I
Primeiro Ministro três meses
Em situações complicadas
Que resultaram por vezes 
Em grotescas trapalhadas

II
Provedor da Santa Casa
Que entra no Montepio
Deixa o cargo numa brasa
Que se extingue no Rio

III
Não altera a postura
O actual Santana Lopes
O seu discurso perdura
Sempre igual, sem retoques

IV
Um político desigual
Fala a sério e também ri
Se perder não leva a mal
E "vai andar por aí"


quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

O PR e o outro


I
O actual Presidente
Adora estar presente
Em anormais situações
Comenta o que se passa
Normalmente só desgraça
Vista nas televisões

II
A sua ascensão ao lugar
Levou anos a preparar
Sempre pelas mesmas vias
Era uma vez por semana
E agora com real gana
Comenta todos os dias

III
Não resolve os problemas
Dá umas dicas apenas
De contornos nebulosos
Outro líder mais contido
É quem nos tem oferecido
Resultados "saborosos"