sexta-feira, 30 de novembro de 2012

S.O.S.


I
Os barões do capital
Recheados como um ovo
Na Europa ocidental
Declararam guerra ao povo

II
Já têm tudo na mão,
O dinheiro e o poder
Esmagam a população
Não param de a espremer

III
Com o avanço tecnológico
Que fomenta a progresso
Actuam de modo ilógico
Apostam no retrocesso.

IV
É óbvia a reacção
Da sociedade em geral
Em rota de colisão
Com quem governa tão mal

sábado, 24 de novembro de 2012

Costas quentes


I

Se um político é condenado
A alguns anos de prisão
Goza vida de nababo 
E nunca cumpre sanção

II
Igualmente um autarca
Julgado pelos compadres,
Portanto da mesma marca
Nunca vai para trás das grades

III
Qualquer outro cidadão
Que fugir à pena anseia
Quando lhe deitam a mão 
Malha os ossos na cadeia.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O Bom, o Mau e o Péssimo


I
A grande destruição
Que em SILVES ocorreu
Pôs à prova a coesão
Que o povo nunca perdeu

II
Finalmente esclarecido
O que é a Refundação
Mais um sector refundido
Desta vez a restauração.

III
O elenco que saiu na rifa
Já ultrapassou a Troika
Com tanto corte ainda pifa,
Sua mente paranóica. 

sábado, 17 de novembro de 2012

"Ouro Compra-se" Não Venda


I
O outro tem um valor fixo
Logo não desvaloriza
O dinheiro é como o lixo
Logo se volatiliza.

II
Casas da moeda são fontes
Dos senhores do capital
Produzem notas aos montes
Quando a coisa corre mal

III
Desfaz-se o cidadão
De lembranças valiosas
E peças de estimação
Por algumas notas rançosas

IV
O ouro é um nobre metal
E o euro está anémico
Cujo valor facial
Ronda o do papel higiénico

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Banqueiros do povo


I
Não há outra opinião
Sobre quem gera a riqueza
É o labor do povão
Hoje a cair na pobreza
II
Operários e pescadores
Camponeses e mineiros
Todos os trabalhadores
Onde não constam banqueiros
III
Aumentam o seu sucesso
Com a crua agiotagem
Indiferentes ao progresso
É um fartar, vilanagem!

domingo, 11 de novembro de 2012

Queridos líderes


I
Um fugiu do pantanal
Ao ver tão graves mazelas,
Outro trocou Portugal
Por um tachão em Bruxelas
II
Veio outro que sem receio
Trabalhou e foi feliz
Quando já estava bem cheio
Foi de férias para Paris
III
Nunca estivemos tão mal
Reina uma grande tristeza
Porque o líder atual
Levou o país à pobreza
IV
O que vier a seguir
Se for um Jota imaturo
De certo irá prosseguir
Com um governo inseguro

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

(In)Segurança


I
Este Orçamento disforme
Motiva contestação
Polícia sem uniforme
Manifesta indignação

II
De certo modo detido
Confinado à residência
Evita assim alarido
E também a violência

III
Executivo a sofrer
Grande repúdio geral
Dificilmente vai ter
Protecção ao cabedal

domingo, 4 de novembro de 2012

A Poncha Medicinal


I
Longos anos de Jardim
A governar a Madeira
Já se vislumbra o fim
Da graçola mais foleira

II
Desconcertado a ruir
Com antigas sequelas
Muita poncha há que ingerir
Para "curar as mazelas"