Terapia de choque ou Olimpíadas do poder

I

Já pagamos nas estradas

Sem custos para o utilizador

Estas cabeças maradas

Tornam a vida um horror

II

A falha de medicamentos

Habituais na farmácia

É mais um dos incrementos

Que revelam eficácia

III

Estão agora a acenar

Que o bodo não pára aqui

Querem-nos mimosear

Com um golpe no I.M.I.

IV

Executivo zeloso

Fiel à banca e mercados

Com o epíteto glorioso

Governo dos apupados

V

Sem em Londres competir

Este team todo louro

Irá ao podium subir

Com hino e medalha de ouro

Incêndio do Algarve

I

Nativo da região

Agiu como o Senhor Prudêncio

Talvez pela emoção

Optou pelo silêncio

II

Ao Primeiro não afecta

Que o incêndio coma tudo

Pois está "a fazer dieta

Para não ficar barrigudo"

III

O líder da oposição

Desta vez não esteve mal

Foi ver a devastação

E confortou o pessoal

IV

Os "cérebros" a estudar

Foram lentos a decidir

Meios e métodos a usar

Com o fogo a progredir

V

Seis horas a planear

O combate à "fumaça"!

O incêndio triplica

Cada minuto que passa

S.N.S. em coma

I

O poderio altaneiro

Insensível às carências

Com o seu timbre rasteiro

Vai reduzir as urgências

II

Para as falhas suprimir

Surge o hospital privado

Que amigos vão construir

Com as finanças do Estado

III

Gera poupança evidente

Em médicos e enfermeiros

No apoio ao doente

Ambulâncias e bombeiros

IV

São medidas especiais

Para descer às valetas

E o governo investir mais

Nos jardins das tabuletas

Relvas e o seu canudo ou a falcatrua rapidinha

I

É justo que um Ministro

Sem currículo no portal

Não queira deixar mal visto

O elenco governamental

II

Um responsável do topo

Que puxou muito pela pinha

Como o tempo livre era pouco

Solução; a rapidinha

III

O esquema não é inédito

E nada disto está errado

Agiu como quem vai ao médico

Para pedir um atestado

Canudo Folclórico

I
Lusas Universidades
Reconhecidas em geral
Pelas suas qualidades
Segundo o "ranking" mundial

II
Surge agora uma aldrabice
Que vai dar cabo de tudo,
Crónica chico-espertice
Para sacar o canudo.

III
Não é possível supor

O que vai acontecer
Bom seria "Sr. Doutor"
Por-se a milhas do Poder

Alternativa aos Subsídios

I
A ordem do Tribunal
Impele o Executivo
A arrancar o capital
A quem já anda falido

II
Não vai taxar os barões,

Público-privadas e banca,

EDP e fundações
E outros da alta finança.

III
Poupa de novo os do cume
Está claro e decidido

Gemem os mesmos do costume

Fica o caso resolvido

IV
O povo a cambalear
Muito fraco, já anémico
Certamente vai poupar
Montes de papel higiénico

Problema Académico

I

Este país hilariante

Já está a ir pelo cano
Tem um super governante
Licenciado num ano

II
Afirma o Ensino Privado
"Que a lei é um bocado coxa"
O Ministro está provado

Que é tudo menos trouxa

III
No ponto em que as coisas estão
Neste e em outros aspectos
Talvez a melhor solução;

Ao poder analfabetos

4-JUL-2012
VGOD

Problema Jurídico

I

É um país de brincadeira

Que perdeu à muito o tino
Surge Macário Correia
Na rota do Isaltino

II
Depois da câmara perdida
Inicia um novo curso
Está a fazer pela vida

Ao entrar com um recurso

III
A responsável já disse
Que o mesmo vai acabar
Mas com tanta malandrice
Veremos o que vai dar

Protestos Sortidos

I

Vai passar um período amargo
Quem as famílias arrasa
Devem só passar ao largo

Ou melhor ficar em casa

II

Recorram às televisões
Onde não são apupados
Preguem vossas orações
Para remir os pecados

III
Comem e bebem do melhor
As Águas de Portugal
A EDP e a Cimpor
Mas que seita canibal!

IV
Encerramento de escolas
Fecha a M.A.C. e tribunais,
De mão estendida às esmolas
"Arre porra que é demais."

3-JUL-2012
VGOD