segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Basta de tesouradas



I
A direita a governar
Arteira e enganadora
Nunca nos irá privar
De nos brindar à tesoura

II
É dum vazio total
Mas ainda faz p'la vida
O seu trunfo principal
É a esquerda desunida

III
Tem os pasquins habituais
E vários comentadores
Privilegiados a mais
E escassos trabalhadores

IV
A ampla classe laboral
Desde o topo à mais baixa
Quase toda por igual
Na direita não encaixa

V
Urge que o eleitor desperte
Encare o país de frente
Faça a cruz que nos liberte
Dos excessos desta gente

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A praga dos fumadores



I
No Verão é habitual
Férias recuperadoras
Que contemplam por igual
Vastas pragas fumadoras

II
Pontifica o cigarro
Mais rara a cachimbada
O charuto e o catarro
E a maligna fumarada

III
Ocupam as esplanadas
Empestam o ambiente
As pessoas afectadas
Fogem logo dessa gente

IV
Completamente insensíveis 
Ao mal-estar que a outros dão
Fazem todos os possíveis 
Por ignorar a situação

V
A restrição de fumar
Que a legislação concebe
Devia ainda englobar
Esplanadas de come e bebe 

VI
O cocktail de alto teor
Que o cigarro contém
Arruma o fumador
Não o deixa acabar bem

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Papagaios do futebol



I
Não é a primeira vez
Que é abordado este assunto
Papagaios por sua vez
Não o varrem do bestunto

II
Defendem a sua dama
E ofuscam os rivais
Sai o que lhes dá na gana
Tudo menos imparciais

III
Fazem previsões apressadas
Do desfecho das partidas
Vão metendo argoladas 
Que depois são engolidas

IV
Biografias dos jogadores
Clubes por onde passaram
A sua idade e valores
Ainda os golos que marcaram

V
Uma correcta oratória
Só na Sport TV
Sem papagaios de memória
Eles sabem lá porquê

VI
Palradores a sua acção
E insuportável ronrom
Na rádio e televisão
Resta só cortar o som

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Mais passos para trás



I
Quatro anos de trapaça
Continuamente a extorquir
Despoletou a desgraça
E ainda teima insistir

II
Já na última campanha
Que o guindou ao poder
Mentiras e muita manha
Dão hoje para entender

III
Diz agora peremptório
Que mais cortes podem vir
Mas acrescenta, finório
P'ra quem vier a seguir

IV
Em termos de exclusão
Os passos não vão parar
A esta fraca imitação
De Oliveira Salazar