Os Passos do líder

I

O sistema utilizado

Veta parceiros sociais

O partido coligado

Entidades patronais

Todos eles desprezados

Distantes cada vez mais

II

Lembra a mãe e o seu estado

Quando viu o seu filho perto

A desfilar aprumado

E brada com sorriso aberto

Todos com passo trocado

Só o meu com passo certo

O perfume

I

O nosso torrão natal

À beira do mar plantado

Com clima excepcional

Suavemente perfumado

II

Swaps e submarinos

BPN e seus odores

Com laivos de algas e limos

Causam inveja às flores

III

A essência preferida

Com aromas especiais

Está na base da corrida

Às câmaras municipais

IV

Comparável a um filão

De alto teor e valia

Lutam até à exaustão

A bem da perfumaria

O país a imergir

I

Em Novembro há subsídio

Das nossas férias de inverno

O calendário em rodízio

Põe a vida num inferno

II

Durante um lapso de tempo

Tudo pode acontecer

O mais provável evento

É ficar sem receber

III

Mas se vier o pastel

É melhor fazer em breve

A marcação do hotel

P´rás nossas férias na neve

IV

Capitalismo selvagem

E alguns dos nossos VIP´s

Retomam a triste imagem

Do reinado dos Filipes

O nosso ensino superior

I

Suportamos toda a despesa

Não obstante as várias crises

O lucro flui em beleza

Para diferentes países

II

Com faculdades no cimo

Segundo o "ranking" mundial

Bons professores e ensino

Que o poder gere tão mal

III

Os jovens fazem o curso

Estudando com apego

No final do percurso

Só está certo o desemprego

IV

Após queimarem as pestanas

O normal é trabalhar

Mas num país de bananas

O recurso é emigrar

PR e sua preparação física

I

Em jovem o Presidente

Saltava e também corria

No passado e no presente

Muito estudante o fazia

II

Hoje faz quilómetro e meio

Um magnífico brilharete

Termina a prova em cheio

Competindo com o tapete

III

Se fizesse esse trajecto

Na rua em qualquer lado

Por mais que fosse discreto

Era sempre assobiado

Um brinde com medronho algarvio

I

Surge nova geração

Que retoma o alambique

E incrementa a produção

Do medronho em Monchique

II

Criado na serra agreste

Dá uma bebida de sonho

Brota do fruto silvestre

Aguardente de medronho

III

Travado o seu crescimento

Não sobe de patamar

Pois se houver ligeiro aumento

Paga imposto a dobrar

A decadência dos políticos

I

Não é risonho o futuro

Com o Governo falhado

Onde um bom fruto Maduro

É logo contaminado

II

Seria bom progredir

É esse o nosso desejo

A gestão teima seguir

A Passos de caranguejo

III

O povo luta e avança

Para o derrube do muro

Objectivo, a mudança

Jamais governo inSeguro

IV

O Mestre está calado

Sofrendo d'inacção crónica

Pôs a batuta de lado

Já não rege a filarmónica

A liderança da palhaçada

I

Enquanto durar o caos

E a risota não for taxada

Suavizamos os tempos maus

Criticando a palhaçada

II

Golpes a todo o momento

Hoje sim amanhã não

Mais parece um catavento

A mudar de direcção

III

Com este rumo inconstante

A vida perde o sentido

Só tem calma o pagante

Se o governo for corrido

IV

Seu descrédito é total

Para evitar o povão

Mesmo na terra natal

Circulam em contramão