domingo, 28 de junho de 2015

Os verbos de Passos Coelho



I
O seu discurso e postura
E tom de voz maviosa
Compara-se à diabrura
Dos espinhos junto à rosa

II
Eliminar e reduzir
Tributar e mais taxar
Saem em vez de produzir
Privatizar e poupar

III
Lengalenga sempre igual
Em pouco ou nada varia
Se omitisse o recital
Era o melhor que faria

IV
Seu verbo de estimação
Que ao topo do "ranking" sobe
Dito e feito até mais não
É CORTAR o mais que pode

Direito ou torto?



I
Para o comum dos mortais
O Direito é um peso morto
Mas há casos anormais
Que passam a ideia de torto

II
No caso Espírito Santo
Há lesados que estão à vista
Os culpados no entanto
Vão-lhes baralhando a pista

III
Sócrates sem culpa formada
Continua em reclusão
Decerto há gente interessada
Nesta estranha prisão

IV
Perante casos autênticos
Extraem-se as conclusões
Investigados os cêntimos
Descurados os milhões

terça-feira, 23 de junho de 2015

A União faz a força



I
A União Europeia
Comete um erro fatal
Ao tirar um grão de areia
Da engrenagem principal

II
Logo outros aparecerão
Na reacção em cadeia
E era uma vez a União
Como a praia sem areia

III
Não deixem que a Grécia torça
Mas siga em frente coesa
A União faz a força
Desunir gera fraqueza

IV
Não deve ser condenada
Pelo sistema europeu
Muito menos expurgada
Por defender o que é seu

V
Peritos em economia
E cérebros da União
Reúnem sabedoria
Para achar a solução

sábado, 6 de junho de 2015

Limpando e andando



I
Com cofres cheios como um ovo
O objectivo está à vista
Minar o alívio do povo
Do projecto socialista

II
Não há ainda a certeza
Se é uma nova barretada
Mas nunca com a grandeza
Da que temos enfiada

III
Além do incrível barrete
Que altera o discernimento
Há um apertado colete
Que impede o crescimento


IV
Para a vida melhorar
Aqui vai uma receita
Ponha a cruz onde gostar
Mas nunca nesta direita

V
Especialistas na vendagem
Das nossas melhores empresas
Antes de seguirem viagem
Tratam das suas limpezas