Portugal 2-1 Egipto

I 

O Egipto esteve a ganhar 

Até ao minuto 92 

Passou então a empatar 

E a perder pouco depois 

II 

Na mira das redes ao fundo 

Tal como no tiro ao alvo 

Disparou o melhor do mundo 

Eis Cristiano Ronaldo

Vencidos e seus apoiantes

 I 

Aqueles que exageram 

E de reclamar não param 

São os que pouco fizeram 

E muito danificaram 

II 

Mas não agem isolados 

Têm apoio especial 

Que brota de vários lados 

Da comunicação social 

III 

Não há incêndios nem seca 

Mas não largam o assunto 

São mesmo levados da breca 

E passados do bestunto 

IV 

Outro tema que os ocupa 

As distantes eleições 

Estão mesmo lelés da cuca 

Sonham só com reversões 

V 

Peguei desta vez na caneta 

Para um assunto que já cansa 

Com “opinion makers” da treta 

O país não pára, avança

O congresso do CDS

I 

A líder do CDS 

Quer um partido abrangente 

Mas fácil não nos parece 

Após tramada tanta gente 

II 

Esteve no executivo 

Dos cortes generalizados 

Não passará pelo crivo 

Continuamos “encostados” 

III 

Tem um discurso diferente 

P’ró moderno, criativo 

Sem acção correspondente 

Visa o mesmo objectivo 

IV 

Uma espécie de ratoeira 

Para apanhar os distraídos 

Poucos caem na asneira 

Depois de tanto espremidos 

V 

Volte à sua condição 

Não se arvore em “lady maxi” 

Escolha a tripulação 

Do seu partido do táxi

Tempo e contratempos

I 

Estas quadras acidentais 

Como o tempo atmosférico 

Focam os danos reais 

No nosso oeste ibérico 

II 

Com razão os agricultores 

Se manifestam descontentes 

Contra a praga de horrores 

No enterro das sementes 

III 

Para o frio suportar 

Casacões, gorros e luvas 

E tivemos que voltar 

Aos esquecidos guarda-chuvas 

IV 

Neve e chuva finalmente 

Ventos fortes, destruição 

Este tempo inclemente 

Precisa de reacção 

V 

Para agravar a situação 

O mar também fez das suas 

Alargou o raio de acção 

Fez mossa em casas e ruas 

VI 

No Verão foram as chamas 

Veio a seca no Inverno 

Ao governo se reclama 

Que nos livre deste inferno 

VII 

O Presidente que comenta 

Com rigor e ligeireza 

Decerto algo inventa 

P’ra pôr cobro à Natureza