segunda-feira, 6 de abril de 2015

Eles comem tudo



I
A sanha destruidora
Como agora não há exemplo
Vendem tudo; o país estoura
Vão-se as jóias do templo

II
São as empresas rentáveis
Até bancos assaltados
Prejuízos incontáveis
Não se punem os culpados

III
Mas nem tudo está perdido
Fica ainda o principal
Pois não pode ser vendido
O património imaterial

IV
Sugam o bom ao tutano
Comem tudo que é guloso
Deixam o cante alentejano
E o turismo religioso

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