terça-feira, 29 de maio de 2012

O crime VIP

I
O escândalo é ofuscado
Pelo do próximo dia
Cabalmente demostrado
Nos crimes da Casa Pia.

II
Face Oculta e Freeport
Sobreiros e submarinos,
BPN a mesma sorte
São iguais seus destinos.

III
Surgem agora as relações
De secretas e ateus,
Não causam perturbações
Tudo ao molho e fé em Deus.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Oh Relvas Oh Relvas

I
Por vezes os jornalistas
Incomodam mais que as melgas
Com PÚBLICAS picadas mistas
Que o diga MIGUEL RELVAS

II
É de louvar a acção 
Competente do Jornal
Servindo a informação 
Que é escassa em Portugal

III
É absurdo pressionar
Quem com rigor informa
Senhor Ministro ponha-se a andar 
E passe já à reforma

quinta-feira, 24 de maio de 2012

...ainda Isaltino


I
Ninguém consegue acreditar
Mesmo o ente mais cretino
Ser possível engaiolar
O presidente Isaltino

II
A sua imagem de marca
Exige pois, a obrigação
De indemnizar o autarca
Por meio dia de prisão

III
Já foi tudo resolvido
Não insistam em dislates;
Prendam sim, o sem abrigo
Do gamanço de chocolates. 

domingo, 20 de maio de 2012

Libertação por contágio - Previsão

Grécia antiga e genial que te partiste
Tão cedo desta efémera união
Emerges ao sair da confusão
Onde se afundam outros num final triste 

O teu povo abandonado resiste
Mesmo corrido desta associação
Tua aura merece a redenção
Mesmo só, o helénico não desiste 

Se te guindares a situação melhor
Avisa aqueles que estão no lodaçal
Que teimam, cegos, em viver pior

Há um país heróico, Portugal,
Que conhece bem teu drama, de cor,
Talvez seu destino vá ser igual

segunda-feira, 14 de maio de 2012

"Mudam-se os tempos"...


I
Mudam-se os tempos mudam-se as vontades
Não se augura o mais ligeiro sucesso
Enfrentamos obscuro retrocesso
Pleno de mentira e falsidades.
II
Vão surgindo sempre novidades
De piores malfeitorias ao povo 
A quem foi prometido um país novo
E não este com tantas desigualdades.
III
Por cá já não há qualquer encanto
Mandantes cortam-nos a elegria
Sem nada os pobres vertem seu pranto.
IV
Aumenta o suplicio em cada dia.
Os do topo nunca embolsaram tanto
Como boca cheia de democracia.

domingo, 13 de maio de 2012

Cantinas do Ribatejo

I
O Ribatejo onde cresci
Terra rica, já não consome
O que fizeram de ti,
Para se instalar a fome?

II
Até na noite fascista
Eram mais brandos os sovinas,
Não se encontra qualquer pista
De existirem tais cantinas.

III
No auge da tecnologia
Estão sofrendo um mau bocado
Pior do que quando havia:
Só bois, charrua e arado!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Cantiga


Já falido vai para a fonte
Passos com um ar impuro
Vai sozinho e não seguro

Leva uma lista a Bruxelas
Dos cortes a executar
Custe lá o que custar
Tais nefastas mazelas,
Não sabe agir sem elas
Governo cruel imaturo,
Vai sozinho e não seguro

Descobre toda a trapaça
Para salvar o orçamento
Não dá tréguas um momento...
À extorsão da nossa massa!
Espoliador sem futuro
Se prosseguir fracassa;
Vai sozinho e sem Seguro