I
Há um forte macaréu
No estuário dos cifrões
A crise não veio do céu
É obra de tubarões
II
A maré choca com o rio
Alastra por todo o lado
Qualquer gota em desvio
Leva o sabor a salgado
III
Nuvens negras noutro banco
Vamos na quarta edição
Só o Divino Espírito Santo
Nos trará a salvação
IV
O Zé anda alarmado
Sem um sorriso no rosto
Sabe que o resultado
É gramar mais um imposto