O Poeta VGod
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Revolução dos cravos
I
Muito pouca gente aceita
No dia da comemoração
Em capelas de direita
O símbolo da Revolução
II
Aos discursos de ocasião
Por um grupo já tão senil
Foi dado um rotundo não
Pelos capitães de Abril
quarta-feira, 25 de abril de 2012
25 de abril 1974/2012
I
25 de abril sempre!
Era o slogan da esperança
Agora já decadente
Pois o país não avança
II
Primavera refulgente
O povo a rejubilar
Destruída brandamente
Por gente de Salazar
III
Que não sacava o erário
E era parco nas despesas
Os discípulos pelo contrário
São peritos em limpezas
IV
Impoêm dieta frugal
Carne e peixe mais que um grama
Pão e água e um vegetal
Eis a ementa troikiana
Portugueses em Extinção
I
Austeridade violenta
É uma grande atrocidade
A população rebenta
E baixa a natalidade
II
Desistem da medicação
E da fisioterapia
Não existe solução
Com a carteira vazia
III
Portugal envelhecido
A mulher já menos fértil
O homem a ficar vencido
Por disfunção erectil
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Utopia
I
As empresas lucrativas
Para consumo nacional
Seriam mais efectivas
Aumentando o pessoal
II
Mas se o produto acabado
Se destina à exportação
Aqui fica um bom recado
Mais trabalho e produção
III
Pequenas e médias empresas
Cujo efeito de arrastamento
Vão progredir com certeza
Evitando o encerramento
IV
Com estas singelas medidas
O desemprego baixava
Floresciam nossas vidas
E o estado também lucrava
V
Produzir mais e melhor
É primeira condição
Para evitar o pior
E sair da estagnação
terça-feira, 17 de abril de 2012
Ainda os submarinos
I
Um ex-ministro da Defesa
Acusado de corrupção
De nacionalidade grega
Já se encontra na prisão
II
A Grécia está avançada
Em extirpar um grande mal
Por cá não acontece nada
Não há político venal!
III
Dois dos ex-executivos
Que subornaram estrangeiros
Admitiram, afirmativos
Para onde foi o dinheiro.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Bitolas divergentes
I
Uma grande luminária
Prometeu em alta voz
Ligação Ferroviária
De Sines a Badajoz
II
Mas como a linha Europeia
Não condiz com a Espanhola
Lá saiu mais uma asneira
Enganaram-se na bitola
III
Deviam estudar o projecto
Antes de o anunciar
Para não serem objecto
Da risota popular
Coelho da Páscoa
I
Enfim! A Páscoa chegou.
O povo tem costas largas
Cujo governou brindou
Só com amêndoas amargas
II
Subsídio se finou
O de férias e Natal
Mas o IMI aumentou
P'ra ajudar o pessoal.
III
Rugas cavadas no rosto
Fim dos prévios reformados
Que se aguentem no seu posto
Até cair aos bocados.
IV
Carta fora do baralho
Após dura graduação
O jovem não tem trabalho
Só lhe resta a emigração.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Quadro de honra
I
Sócrates é acusado
De falta de lealdade
Chega agora este recado
Pleno de oportunidade
II
Seria bom que atuasse
Com o visado no ativo
Se algo grave encontrasse
Devia tê-lo demitido
III
Por seu turno o Presidente
Conquista um galardão
Quarenta mil, muita gente!
Pede a sua demissão.
Primaveras Árabes
I
Na Síria vão-se matando
Em jeito de tiro ao alvo
Não se sabe até quando
Já ninguém se encontra a salvo
II
O Egipto em convulsão
A Líbia pior do que era
Mereciam melhor Estação
Que uma Arábica Primavera
III
Por cá, Sol de Inverno quente
O Magreb nos contagia
Primavera deprimente
Chuva suja e doentia
Juntas de Freguesia
I
A extinção das freguesias
Está na segunda fase
Ruirá a democracia
Com o ataque à sua base
II
Nas aldeias mais distantes
Quando surge complicação
Ajuda os seus habitantes
A encontrar a solução
III
Não são dadas a golpadas
Nem a saques ao erário
Esse tipo de jogadas
É mais do alto funcionário
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